Na cidade de Itapebi, no dia 11 de junho de 1995, em uma festa no clube Avaí da referida cidade, depois de um tiroteio, com dois feridos, acabou sendo morto com um tiro na nuca o ex-Presidente da Câmara de Vereadores Gilberto Rodrigues Esteves 42 e, os acusados do crime era o então prefeito da cidade Esmeraldo Costa Santos, e os ex policiais militares, até então tidos como seguranças do prefeito Deri Gomes Marinho e Aristides Neri Souza Filho.
Na primeira tentativa de julgamento dos 3 acusados, por falta de verba para a manutenção das testemunhas em hotel na cidade, o julgamento foi adiado, parta esta 2ª feira 08/07, mas também por impedimentos legais o MM Juiz Presidente do Júri de Eunápolis Dr. Otaviano sobrinho o julgamento foi adiado para este 3ª feira 09/07.
Neste dia, foram ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa na seguinte sequencia; de defesa, 1º o atual vereador Itapebi Paulo Roberto Rosa Pereira que ao depor mais uma vez, respondeu a todas as perguntas tanto juiz, como do promotor Dr. Dinalmari Mendonça e depois aos advogadas defesa, Drs. Antonio Pitanga Advogado do réu Dari e João Neto Costa e Kitian Ribeiro Advogados de Esmeraldo e Aristides. Paulo Roberto, às perguntas respondeu com detalhes o acontecimento do dia, relatou que: Em uma festa no referido clube da cidade, ele Paulo e seus familiares estavam em uma mesa, quando chegou uma conhecida da família e disse que era para o Dr. Márcio Rocha não ir para a pista dançar, pois, Esmeraldo iria lhe dar um murro; na tentativa de aviso ao Dr. Márcio, ele já estava dançando e Esmeraldo foi ao seu encontro e começou a confusão, quando depois Aristides e Dari empunhando revolveres dispararam para o teto do salão do clube e em um breve recesso recarregaram as armas e atiraram de dentro do clube para fora, quando entrou uma pessoa de nome Vladimir gritando que “mataram Giba” que era o Gilberto. Neste depoimento Paulo Roberto falou que Esmeraldo também havia atirado e, que ele estava com um revolver niquelado 38, revolver este que reconheceu no meio de alguns outros que lhe fora mostrado dias depois do crime. Este depoimento também foi repetido com poucas diferenças pela esposa de Paulo Roberto, Márcia Aparecida, e do irmão de Giba Clemente Rodrigues Soares Neto, embora os depoimentos tivessem algumas diferenças de palavras e relatos, os mesmos foram contundentes na acusação dos 3 indiciados.
Depois vieram as testemunhas defesa, quando Silmar Tosta falou que não era empregado da prefeitura e que às vezes prestava serviços de taxi para a mesma, mas que ao depor à época para juíza de Itapebi MM Dra. Michele Quadros, ele falou que ficou sabendo que os tiros começaram de fora para dentro e também de dentro para a fora, eram tiros dos dois lados. Outra testemunha de defesa foi Damião, q1ue contou que estava no clube tomando uma cerveja, quando começou o tiroteio, e que alguém disse que Esmeraldo estava envolvido, e posteriormente ficou sabendo que Alessandro e o motorista de Esmeraldo, Rosalvo também haviam sido feridos no tiroteio, confirmando que Vladimir entrou gritando que “mataram Giba”. Segundo Damião, foram de 10 a 20 minutos de tiros no clube.
Porém em todos os depoimentos de defesa, foi citado o nome de Fernando, motorista de Dr. Márcio, como sendo a pessoa que havia matado Giba, pois há uns tempos atrás Fernando e giba, tiveram um desentendimento na Câmara de Vereadores e houve uma ameaça de Fernando à Giba.
Depois de ouvidos os depoimentos das testemunhas, foram ouvidos os réus, começando por Aristides, dizendo que estava de folga e por isto estava no clube e viu mais ou menos toda confusão, já que havia muita gente, e que não participou do crime como disseram outros depoentes, e quanto ao revolver 38 que foi encontrado debaixo do seu travesseiro, e que depois de terem sido feitos exames periciais, foi confirmado que era o mesmo revolver que disparara contra Giba. Aristides falou que era segurança do banco e que usava um revolver 32 do banco, mas que ao morar em uma pousada deixava a porta aberta para a limpeza do quarto e que daí, subentende-se que o revolver foi plantado no seu quarto, mas ressaltou que Dari no tiroteio entregou um revolver 38 para Esmeraldo. Aristides ainda falou que por determinação do CMT ele fez segurança para Esmeraldo. Aristides disse que haviam dois policiais dentro do clube e que chegou uma pessoa, dizendo que estava havendo um briga de facão na boate e os policiais foram ver, e foi aí que tudo começou, quando eles chegaram Giba estava morto.
Depois foi ouvido Esmeraldo, que segundo noticias, foi o mandante do crime, mas em seu depoimento, Esmeraldo disse que tinha bom relacionamento com Giba e, que tempo atrás Giba tinha sido seu aliado evitando a sua cassação, e que ele não atirou em Giba, mas que estava perto da bilheteria, quando iniciou o tiroteio que ele ainda protegeu as filhas, mas, negando toda e qualquer participação no crime, e que ele jamais tramou contra Giba.
Depois destes depoimentos, ficou faltando apenas o de Dari que será amanhã nesta 4ª feira a partir das 09hs. Depois do depoimento de Dari, haverá um breve intervalo, para iniciar então, o trabalho de acusação, pelo Promotor Público Dr. Dinalmari Mendonça messias, advindo daí os advogados defesa.
Todos os detalhes deste julgamento, todos poderão acompanhar pelo rota51.com, único portal de noticias que faz a cobertura exclusiva de todos os julgamentos no fórum de Eunápolis.
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