Como o rota51.com é o único portal de noticias a fazer a cobertura jornalística de todos os julgamentos do Fórum de Eunápolis, este foi o mais longo de todos desde que o MM Juiz Dr. Otaviano Sobrinho assumiu a comarca e vem presidindo todos os julgamentos da cidade, e como não poderia deixar de ser, este foi um dos mais esperados.
OS FATOS
No dia 11 de junho de 1995, na cidade de Itapebi, realizou-se um baile onde estava toda a sociedade da cidade e neste dia, estavam o Prefeito Municipal Esmeraldo Costa Santos, e os ex policiais militares Dari Gomes Marinho e Aristides Neri Souza Filho, quando houve um desentendimento entre o prefeito Esmeraldo e do seu adversáriuo9 pessoal e politico Dr. Márcio Rocha, e logo após uma sessão de tiros dentro do clube Havaí onde estava havendo uma festa.
Segundo algumas informações constantes do processo, o crime foi originado devido ao fato de Giba estar juntando decumentos ou elaborando um processo para o “impeachment” de Esmeraldo na prefeitura, mas outros dizem que não é verdade, pois ambos eram muito amigos e até certo ponto sócios.
Neste tiroteio foi alvejado na nuca e veio a falecer do lado de fora do clube, o vereador e presidente da Câmara de Vereadores Gilberto Rodrigues Esteves 42. Deste homicídio foram acusados o prefeito Esmeraldo e os dois policiais militares que pelas testemunhas de acusação eram seguranças do prefeito. Desde então a família de Gilberto mais conhecido como Giba, e a própria justiça, estão tentando levar os acusados ao tribunal do júri para um julgamento e depois de 19 anos, o julgamento aconteceu, a primeira data teve de ser remarcada, e na ultima 2ª feira, o júri foi novamente adiado para a 3ª feira e so terminou no inicio da madrugada do dia 10/07 às 01 h 30.
A acusação
Na acusação representando o Ministério Público atuou o promotor Dr. Dinalmari Mendonça, que buscou em todas as quase 1500 folhas do processo, e nas literaturas jurídicas, todos os argumentos possíveis e necessários para acusar e ver os réus devidamente condenados, já que nos depoimentos anteriores tanto na policia e em juízo, ressalta-se que a MM. Juíza Dra. Michele Quadros, em 1997, à época juíza de Itapebi, acompanhou, ouviu todos os envolvidos, e remeteu a justiça todo processo, mas como Esmeraldo na época tinha foro privilegiado, o julgamento sempre teve o seu adiamento, até que agora em 2014 os réus foram julgados.
Na 3ª feira pela manhã, começaram a ser ouvidas as testemunhas de acusação e depois as de defesa, logo após foram ouvidos Esmeraldo Costa Santos e Aristides Neri, todo trabalho continuou pela 4ª feira e, o ex policial Dari foi ouvido nesta 5ª feira, logo após, começou o trabalho de acusação. Dr. Dinalmari ao falar sobre um revolver niquelado Rossi calibre 38, ele falou que ninguém queria chegar perto da referida arma, pois a bala retirada da cabeça de Giba após perícia técnica ficou comprovado que a bala saiu do referido revolver e, que o revolver, fora visto pelas testemunhas com Esmeraldo.
Neste processo apareceram vários nomes que não fora arroladas como réus e nem como testemunhas como queria a defesa, como no caso Fernando, Fernando era o motorista de Dr. Márcio, outro nome que apareceu várias vezes foi o de Rosalvo Santana do Carmo, que no tiroteio no clube acabou ferido no braço e na mão, mas muitos disseram que Rosalvo, além de ser o motorista de Esmeraldo auto se feriu para dar uma prova de que o tiroteio era de ambos os lados, além de Rosalvo apareceu várias vezes o nome de Alessandro Portela, que a devido ao ricochete de uma bala perdia, ela acabou ferindo um olho, e acabou ficando cego, a saber que Rosalvo veio a falecer devido a um enfarto. A acusação a Fernando se deve ao fato dele em várias oportunidades na Câmara de vereadores ter aborrecido o presidente Giba e ao ser ameaçado de ser colocado para fora e, acabou fazendo ameaças a Giba.
A defesa se esmerou bastante, principalmente o Dr. João Neto que não poupou esforças para colocar em liberdade os seus clientes Aristides e Esmeraldo, já que Dari era cliente do Dr. Antonio Pitanga e, como sempre nestes casos, há também as discussões entre a defesa e a acusação, mas de ambos os lados, a defesa sempre buscou culpar Fernando pela morte de Giba e inocentar tanto Aristides como Esmeraldo, chegando a falar que o revolver apreendido na pensão onde Aristides morava foi “plantado” no quarto de Aristides na tentativa de incrimina-lo, mas que Aristides era inocente, e como no clube ele havia disparado para cima não poderia ele ser o assassino de Giba.
Houve a acusação e a defesa, depois a réplica e a tréplica e mesmo dentro da tréplica, houve momentos de discordância entre a acusação e a defesa, como também entre a acusação de a defesa de Dari. Mas os ânimos se acalmaram e tanto a defesa quanto a acusação terminaram seus trabalhos, sendo que todos foram para a sala secreta para proceder o julgamento.
Ao retornarem a sala do júri, o MM. Juiz Dr. Otaviano Sobrinho, de posse do resultado a votação dos jurados, prolatou a sentença dos réus; Dari Gomes Marinho foi absolvido de todas as acusações, Aristides Neri Souza Filho e Esmeraldo Costa Santos foram considerados pelo conselho de sentença, culpados e pegaram cada um, 14 anos de reclusão a princípio em regime fechado, mas o advogado de defesa Dr. João Neto, de forma oral entrou com recurso, pedindo que os réus aguardassem o recurso em liberdade e o Juiz presidente acatou o pedido e deu 8 dias para que o recurso fosse feito de forma oficial e caso seja aceito, poderá haver outro julgamento para Esmeraldo e Aristides.
O júri com começou na 3ª feira por volta das 08hs, só terminou na quinta feira 10/07 à 01h 25m. A exclusividade na cobertura completa de mais este júri foi do rota51.com.
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