Estamos hoje vivendo em uma sociedade, em que falar a verdade, é uma sentença de morte, mas cada um quer ouvir a verdade que melhor lhe apraz.
Estamos vivendo em uma pandemia, onde a dor a fome, o descaso e, a corrupção matam mais que a própria doença, os governos recebem dinheiro, mas não usa como deveria, ambulantes são presos nas ruas, quando buscam tão somente o dinheiro digno para o seu dia a dia, a fome não pode esperar, onde um pai vê o filho chorar e chora junto com ele, sem saber o que dar para ele comer.
A policia que ao invés de combater bandidos, vão combater quem trabalha, tudo isto por conta de uma ordem, de uma determinação. A polícia combate os bandidos como sempre fez, mas pais trabalhadores é a primeira vez e, isto causa revoltas.
Uma desta revolta, foi a do SD Wesley Góis, como se fosse combater bandidos, foi para o “farol da Barra”, mostrar a sua indignação, o seu descontentamento, demonstrando que não mais iria combater trabalhadores e, assim foi abatido a tiros, tiros mandados, ordenados, determinados e sobre tudo e com certeza, também descontentes. Wesley morreu tentando dizer a verdade, a verdade que muitos não quiseram ouvir, mas era a verdade de um soldado combatente.
Lembrado fui, de uma poesia de Orlando Cavalcanti, chamada: “Oração de um órfão de guerra”, esta poesia, embora seja o clamor de um filho pelo natal sem seu pai, em um do seus veros, demonstra que mesmo bem antiga, retrata um episódio recente, a morte por execução do SD WESLEY, isto mostra que ser herói, falar a verdade, ter sentimentos e não compactuar com os erros superiores, causou-lhe a morte, as lágrimas vão ficar por conta da família, como um túmulo do “soldado herói”, o certo seria postar toda a poesia, mas esta estrofe, diz muito o que será falado eternamente:
“Porque será Papai Noel, me arrasa
Essa dor que a alma me corrói
Se os tais heróis não voltam mais pra casa
Será que vale a pena ser herói”?
