
Nesta semana de julgamentos por determinação do CNJ, mais uma vez o MM juiz Dr. Otaviano Sobrinho, reuniu o conselho do júri, para cumprir a pauta de julgamento, com a presença do representante do Ministério Público Dr. João Alves e o advogado de defesa Dr. Wanderson Alves de Barros. Dr. Wanderson já esteve em outro julgamento como advogado adjunto, mas desta vez atuou em sua carreira solo, com excelente desempenho.
Dr. João fez a saudação inicial exaltando o Presidente do Júri Dr. Otaviano, ao advogado de defesa, aos oficiais de justiça, aos servidores do judiciário, Policia Militar, aos jurados como representantes da sociedade, e ao rota51.com que é o elo entre o judiciário e a sociedade que clama por segurança, justiça, mas não comparece para ver o que está sendo feito no fórum, para garantir que a justiça seja feita em favor dessa mesma sociedade, e repudiou veementemente o julgamento desta 2ª feira, quando um assassino que cometeu um crime bárbaro e cruel, e ter tido a condenação que teve, mas que, ele Dr. João, trabalha para que a bandidagem passe longe de Eunápolis, porque aqui, quando há um julgamento a justiça é feita e, é feita em favor desta mesma sociedade.
Na sequencia, Dr. João passou a descrever o júri do dia, quando, Antonio Alves de Almeida, foragido com vários mandados em aberto, e que era vigia do posto Castelo Branco hoje posto Desejo, desferiu 3 tiros de revolver calibre 38 no motorista de caminhão José Américo Filho, quando este, ao estacionar o seu caminhão, o vigia Antonio Alves, pediu que o caminhão fosse retirado por que estava tampando a sua visibilidade, mas mais tarde chegaram outros caminhões e estacionaram no mesmo local, neste momento o motorista José Américo que era dono do posto Castelo branco comentou o fato com o dono do posto seu amigo, logo depois, o vigia Antonio Alves, foi até o caminhão e gritando disse que o motorista havia dedurado ele para o seu patrão e, desferiu 3 tiros no motorista, acertando sua perna e seu braço esquerdo, já que o motorista José Américo, estava dentro do caminhão já ligado para sair do local com sua esposa e filho.

O vigia Antonio Alves, foi preso no momento pelo filho do dono do posto, que ligou para a polícia, Antonio fugiu e foi preso tempo depois no Juca Rosa na casa de um irmão, ficando preso por 2 anos. De acordo com os autos do processo, em relatos do Dr. João, Antonio Alves só não matou José Américo por que o revolver só tinha 3 cartuchos.
Dr. João chamou a atenção dos jurados, como sendo eles, os verdadeiros juízes, capazes de fazer o julgamento e condenar Antonio Alves por tentativa de homicídio por motivo fútil. Dr. João falou aos jurados que um tribunal de justiça não é casa de misericórdia e quem quiser fazer misericórdia, que pegue o que é seu e faça doações a entidade de caridade, tais como SOS Vida e APAE.
Dr. João, buscou dentro do processo, todos os dados necessários para que os jurados pudessem ter uma consciência do que o vigia fez e pudessem dar a ele uma pena justa de acordo com o crime cometido.
Por outro lado a defesa do réu, mesmo estando este ausente e, como fugitivo da justiça, a defesa esteve a cargo do advogado Dr. Wanderson, que também dentro dos autos do processo tentou de todas as maneiras desqualificar a tentativa de homicídio por motivo fútil, para lesão corporal, já que o réu e a vitima tiveram uma discussão, por que o caminhoneiro, o entregou ao patrão e na discussão, Antonio Alves, disparou um tiro par ao ar e 2 tiros em direção ao caminhoneiro e parou quando quis, ou seja por vontade própria e por isto, ele não teve a intenção de matar.
Na defesa Dr. Wanderson, antes de começar a sua defesa, cumprimentou a todos iniciando pelo Juiz Dr. Otaviano, aos servidores do judiciário, à PM e aos presentes no auditório, depois fez uma menção ao rota51.com, como sendo o portal de noticias que noticia os acontecimentos do judiciário, enaltecendo a sua equipe, depois falou aos jurados, que este crime acontecido em 16 de outubro de 1987, portanto 28 anos depois, em que o réu, trabalhava como vigia e portanto estava armado com um revolver que tinha espaço para 6 cartuchos e era impossível ele desempenhando uma função de vigia, ia ter no revolver apenas 3 balas, e que ele parou de atirar por vontade própria.
Dr. Wanderson disse que se o vigia quisesse realmente matar o caminhoneiro, ele teria chegado mais de perto e disparado os outros tiros e matado o caminhoneiro e que ele desistiu da ação e, foi o que ele fez.

Depois houve a réplica e a tréplica, mas pouca coisa mudou, já que a promotoria, só pode usar como acusação o que está dentro do processo e a defesa pode utilizar as várias formas que lhe for disponível para defender o réu. E depois de terminadas as discussões, o MM Juiz Dr. Otaviano Sobrinho leu os quesitos aos jurados e perguntou, se eles teriam alguma dúvida com relação aos dados expostos, como foi dito que não, todos foram para a sala secreta e 1 hora e meia depois, o MM juiz leu a sentença, mostrando o que os jurados descartaram e o que eles usaram para a votação, sendo que o réu foi condenado primeiramente a 12 anos e depois com as descaracterizações normais com menos 2/3 da pena, Antonio Alves foi condenado a 4 anos em regime inicialmente aberto, mas como é foragido da justiça, o julgamento fica no ar até que o réu seja encontrado e pronunciado formalmente. O julgamento que começou por volta das 08h30m terminou ás 16h e 09 m. Nesta 4ª feira haverá mais um júri, sendo o 3º da semana por determinação do CNJ Conselho Nacional de Justiça.
FOTOS: Pbarbosa
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