Cacique pataxó Macuco, faz graves denúncias contra delegada na audiência dos Direitos Humanos.

Antes dos índios se encontrarem com o Deputado, eles fizeram o ritual indígena, fizeram a dança do “auê”, dançaram, cantaram para depois falarem com o Deputado Marcelino Galo, e fizeram todas as denúncias.
Com a presença do Deputado Marcelino Galo, onde foram tratados assuntos concernentes aos direitos humanos e a violência no campo, com assassinatos no extremo sul da Bahia, por se tratar de um evento público onde a violência foi a tônica do momento, quando o cacique pataxó Macuco, da aldeia Aroeira de Santa Cruz Cabrália, denunciou o que ele chamou de “abuso de autoridade”, quando um índio está em qualquer lugar conversando com outro índio ou outras pessoas, os índios são presos e levados e é encontrada uma pequena quantidade de

maconha, mesmo para uso, eles são levados presos para a delegacia e lá, a delegada da polícia civil Dra. Teronite, coloca junto com a quantidade apreendida, uma outra quantidade maior, para forjar flagrantes e prender os índios, como é o caso do seu filho Tuinã e do seu cunhado Gabriel, além destes, Macuco citou ainda alguns outros nomes de índios que estão presos, Taunã, Valterlã, Edicleide, José Carlos, Felipe e Wanderson.
Macuco Somente revelou o nome da Dra. Teronite porque durante o seu discurso, foi orientado por um advogado, a citar o nome da referida delegada.

Durante o evento, ainda falaram a índia Pataxó Taquarina e o índio Gilmar, que fizeram as mesmas denúncias, sendo que estas denúncias foram feitas, na presença do Cap. Penna da Casa Militar do Gov. do Estado e do Tnte. Alex Lima da 7ª CIPM.
As denuncias dão conta de que, segundo o cacique, a delegada é “bandida”, e que vai se candidatar a vereador nas próximas eleições pater uma força politica maior para poder lutar contra estas atitudes,. E que ele está ali, diante de mais de 300 pessoas e do deputado, pedindo apoio, socorro com o que está acontecendo com o povo de sua aldeia, citando novamente seu filho e seu cunhado.
Por outro lado o cacique falou que quando veio visitar o seu filho no presídio, viu seu filho descalço e, depois trouxe um par de sandálias, por esse motivo, ele ficou detido mais de 1 hora no presídio, só porque levou as sandálias para o filho, e isto é uma discriminação. Macuco disse que seu filho estava com um “caroço” atrás da cabeça causado por espancamento dentro do presídio.

Depois do evento, a índia Taquarina, falou ao Deputado num tom de súplica, pediu ao Deputado que arranjasse uma forma na Secretaria de Segurança, para ajudar a tribo a se ver livre do tráfico de drogas que assola a sua aldeia, pois eles sabem conviver com as adversidades, os homens, os fazendeiros, mas com as drogas, está dificil de conviver, pois é algo novo para eles, neste ponto, Macuco falou que, o que ele sabe hoje, aprendeu com seus ancestrais, mas a quem ele vai ensinar o que sabe? Se a droga toma conta da aldeia, as ameaças são constantes e ainda existem as perseguições policiais.
O cacique, depois de falar com o Deputado, antes de ir embora, viu quando chegou e foi falar também com o diretor do presídio Cel. Gilson Paixão e o Deputado, fez as suas reclamações e ouviu deste, que nesta mesma 2ª feira por volta das 14h30m, ele abriria uma exceção para que os parentes indígenas, pudessem estar com os detentos, conversarem e fazerem junto ao deputado, as devidas reclamações.
O Deputado Marcelino Galo, como Presidente da Comissão Estadual dos direitos Humanos e Segurança, ouviu todas as reclamações e denúncias, principalmente as feitas contra a delegada e prometeu que levaria o pleito dos índios à Secretaria de Segurança de Estado, para que medidas jurídicas posam ser tomadas diante do exposto pelos índios.

FOTOS: PBarbosa