
Nesta 5ª feira, 16/02, foi a vez da defensoria pública atuar, em favor do réu José Roberto Dias Santos 36, mais conhecido como “bafafá”, natural de Floresta Azul-BA. A denúncia do Ministério Público, dá conta de que no dia 15/09/2014, por volta das 14 horas, por ostentar uma liberdade, dentro do presídio de Eunápolis e valendo desta condição de “correria”, que é o detento que tem a liberdade de andar à vontade pelo presídio, quando na realidade, Bafafá, é que servia o café da manhã para todos os presos, a isto se dá o nome de correria, e neste dia, ele arrombou o cadeado da cela nº
5 e diante de 9 outros detentos, deu uma gravata, denominada de “mata leão” em Erenilton Carvalho dos Santos e, quando este estava desmaiado e sem nenhuma condição de defesa, Jose Roberto, com uma lamina de barbear, cortou a carótida e a veia jugular, tendo este, por hemorragia intensa, acabou morrendo no local.

Bafafá, segundo informações, e temido dentro dos presídios, pois já responde a mais de 10 ações penais, 1 inquérito policial, 4 execuções penais tudo isto por crimes diversos. Pelo crime de homicídio no presidio de Eunápolis ele foi julgado, tendo como acusador o representante do MP Dr. Dinalmari Mendonça Messias, o juiz presidente, sempre ele, Dr. Otaviano Sobrinho e na defesa funcionou a defensoria pública na pessoa do advogado Dr. Fábio Gonçalves Fonseca.
Dr. Dinalmari, com toda a calma que lhe é peculiar, mostrou aos jurados, a alta periculosidade de Bafafá, já que em Teixeira de Freitas ele também responde por crimes de homicídio e, ao depor em juízo neste julgamento, Bafafá, respondeu a todas as perguntas, tanto do juiz, como do MP e da defesa, e disse que já tinha uma rixa antiga e que no dia em que estava “pagando” o café da manhã, Erenilton jogou-lhe o café no rosto e como Erenilton já era famoso por estuprar e matar suas mulheres, e já tinha matado 3, ele não seria a sua 4ª vítima, e por isto quando teve oportunidade foi a cela nº5, arrombou o cadeado deu um mata leão em Erenilton e quando estre estava desmaiado, pegou a lamina e terminou o trabalho, depois alegou que matou a vítima., pelo fato de ser um estuprador, categoria que nas celas é repudiada por todos. Mas Dr Dinalmari matou a charada, pois o que José Roberto queria mesmo, Dinalmari matou a charada, pois o que José Roberto quer mesmo, é ser transferido para o presidio de Teixeira de Freitas, de onde veio como forma de pagar um castigo, que ele não gosta de ser correria e já tinha pedido para sair da função. Dr. Dinalmari pintou o quadro da mente distorcida de Bafafá, para que os jurados tivessem a nítida certeza de que estavam julgando mais que um animal, pois um animal, mata para saciar a fome, mata na época de acasalamento para ter direito a uma ou mais fêmeas, para demarcar território, mas, José Roberto mata por puro prazer e já nem sente mais nenhuma emoção depois de matar outra pessoa. Dr. Dinalmari, buscou no processo, testemunhas que estiveram com Bafafá, depois do acontecido e estes relataram, que não houve antes nenhuma briga, ou nada que justificasse a morte de Erenilton, o que Bafafá quer mesmo e ir embora para Teixeira de Freitas, já que em seu depoimento, ele disse que não se dá bem com ninguém e desfez atoe uma amizade com um ex cunhado, por ele pertencer ao PCE que é comandado pelos irmãos Dada e Rena. A acusação pediu a desqualificação de meio cruel, mas em sua qualificadora, pediu “motivo torpe e negativa da vítima em se defender.

Depois do almoço, foi a vez do defensor público Dr. Fábio, que buscou todas as forças para tentar pelo menos diminuir a pena de Bafafá, pois o seu depoimento aos presentes inclusive os jurados, não deixou dúvidas de que ele é realmente perigoso, Dr Fábio alimentou a ideia de que, se Erenilton era realmente um estuprador e assassino de suas mulheres, Bafafá acabou matando sua vítima como um favor a sociedade; para defender o seu cliente, Dr. Fábio chegou a citar da série “jogos mortais” um dos filmes que é de terror e muito tétrico, Dr. Fábio em sua qualificadora, pediu: “Homicídio privilegiado e de relevante valor social”, isto pelo fato de em seu depoimento, de forma fria e cruel, Bafafá falou abertamente todos os movimentos feitos até o momento em que matou Erenilton.
Depois dos primeiros momentos de acusação e defesa, veio a réplica e a tréplica, na réplica, Dr. Dinalmari, disse que este crime jamais poderia ser considerado como um favor a sociedade, por que assim for, todo mundo vai sair matando muita gente, simplesmente porque a outra pessoa cometeu um delito, Bafafá, durante a acusação, tentou interferir no discurso da promotoria, e foi calçado severamente pelo juiz, já na tréplica a defesa, outra vez, não poupou esforços, para conseguir que ele (Bafafá) fosse absolvido, mas sim condenado e, como disse Dr. Fábio, ele não estava ali para absolver José Roberto (Bafafá), mas era para ele ter uma pena justa.

Depois da réplica e a tréplica, foram lidos os quesitos, e todos foram para a sala secreta, onde ficaram por mais de 1 hora e meia, e no retorno, Dr. Otaviano, leu a sentença, diante de toda a vida pregressa de José Roberto, e com a votação dos jurados, José roberto foi condenado a uma pena de 21 anos de reclusão, por homicídio qualificado, sem ter dado chance de defesa à vítima e meio torpe e, sem direito de recorrer em liberdade, pelo seu histórico de pessoa violenta e danoso para a sociedade, e vai ficar preso no presídio de Eunápolis, ao final, Dr. Otaviano disse que Bafafá, recebeu a pena que ele merecia, foi quando ele, Bafafá, tentou entrar em uma discussão com o Juiz que cortou logo a sua iniciativa, pois ele quer ir para Teixeira de Freitas, mas dependendo dele, Bafafá vai cumprir a sua pena aqui no presídio da cidade.