Na ultima sexta-feira, em Eunápolis BA, A Comissão de proteção dos direitos da Mulher da OAB, Subseção Eunápolis, promoveu um evento majestoso denominado ” II ENFRENTAMENTO A CULTURA DO ESTUPRO”. Foram registradas a presença de vários grupos que atuam em favor dos interesses dos menos favorecidos.
O grupo “FLORES DE DANDARA” que militam em causas de defensa da mulher, bem como, são adeptas do movimento feminista, que ao contrário do que opiniões ignorantes atestam, o movimento feminista não visa colocar a mulher em um patamar superior ao homem, mas sim, visa por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões opressores patriarcais, baseados em normas de gênero.
“Cultura do estupro” é um termo usado para abordar as maneiras em que a sociedade culpa as vítimas de assédio sexual e normaliza o comportamento sexual violento dos homens.Ou seja: quando, em uma sociedade, a violência sexual é normalizada por meio da culpabilização da vítima, isso significa que existe uma cultura do estupro.
“Mas ela estava de saia curta”, “mas ela estava indo para uma festa”, “mas ela não deveria andar sozinha à noite”, “mas ela estava pedindo”, “mas ela estava provocando” – estes são alguns exemplos de argumentos comumente usados na cultura do estupro.
A cultura do estupro é uma consequência da naturalização de atos e comportamentos machistas, sexistas e misóginos, que estimulam agressões sexuais e outras formas de violência contra as mulheres. Esses comportamentos podem ser manifestados de diversas formas, incluindo cantadas de rua, piadas sexistas, ameaças, assédio moral ou sexual, estupro e feminicídio. Na cultura do estupro, as mulheres vivem sob constante ameaça.
A DRA. Teronite Bezerra, Delegada da DEAM de Porto Seguro, trouxe de forma dinâmica, e bastante envolvente, como é a luta para sublimar os casos de violência domestica, e que, está há bastante tempo atuando nesta área, e que ainda se surpreende com a frieza com que certos homens, usam de violência para com suas parceiras.
A cultura do estupro é violenta e tem consequências sérias. Ela fere os direitos humanos, em especial os direitos humanos das mulheres. Nenhum argumento deve, em nenhuma instância, normalizar ou justificar atos bárbaros e criminosos como o estupro. Por tudo isso que é tão importante que todas as pessoas, homens e mulheres, entrem para esse movimento pelo fim da cultura do estupro.A cultura do estupro está nos lares, nas ruas, nas revistas, na TV, nos filmes, na linguagem, na publicidade, nas leis… por isso, todas as esferas da sociedade devem ser mobilizadas para essa transformação.
Noutra ponta, a Professora Mª Delliana Ricelli, destacou que, ainda existe uma cultura patriarcal onde os pais são induzidos a treinar suas filhas, para não serem estupradas, quando na verdade, deveria ser o contrário, os pais escolarem seus filhos a nunca se valer de atitudes tao execráveis e repulsivas, quanto a forçar uma mulher, para seu próprio contento sexual.
Durante a palestra, o ROTA51.COM, esteve online com a assessora da promotora de justiça Gabriela Manssur, que milita nas causas de defesa da mulher, e em tempo real, parabenizou a nossa iniciativa. Nossos sinceros agradecimentos a Najara, e a Drª Gabriela Prado Manssur.