O crime aconteceu no dia 16 de agosto de 2017, quando um pequeno fazendeiro, amado e querido por todos na região de Vera cruz, foi brutalmente assassinado com 11 tiros de rifle Calibre 22, e começava a li a saga de uma família, querendo, buscando e implorando por justiça e somente neste dia 31/07, é que esta busca, intermitente por justiça, chegou ai foi com a justiça sendo feita.
De um lado um homem bom, amigo de todos, que detestava e não tinha nenhum tipo de arma, era respeitado, e vivia para a sua pequena fazendo de 3 alqueires, e a sua casa e nela sua família, família esta que foi destruída por um elemento altamente perigoso e que amedrontava toda a região. Ela era Pedro Menezes Filho, casado com D. Vera Lúcia Costa Menezes com quem tinha dois filhos, Vagno e Magno.
Sr. Pedro teve a sua moto roubada pelo elemento Luiz Carlos Dutra Meireles, o “galego”, que embora não quisesse, foi aconselhado a prestar uma queixa na delegacia, como todos fazem e acabou cedendo as orientações, foi à delegacia, prestou queixa, mas não disse o nome do assaltante que o rendeu com uma arma, o fez deitar no chão e levou a sua moto, isto além das palavras injuriosas com o qual foi tratado, dizendo que o assaltante estava de rosto coberto não foi possível reconhece-lo, embora isto não fosse verdade, pois o ser Pedro sabia quem era, mas por medo… silenciou.
Depois uma pessoa encontrou a moto toda depenada no meio do mato e, a devolveu ao dono, e isto fez com que, o assaltante e seu assassino criasse pelo Sr. Pedro uma aversão pessoal muito grande, e sempre que ia à sua fazendo, ao passar por assentamentos agrícolas no local, era constantemente ameaçado pelo Luiz Carlos.
Para se saber o que um ato insano pode fazer para destruir uma família, Sr. Pedro tinha 2 filhos Magno e Vagno, Vagno por causa da morte do pai, veio a falecer de infarto e deixou um uma filha deficiente, Vagno esperou 7 anos pela justiça, já Magno, sofre de depressão profunda, e vive sob afeitos de remédios fortíssimos.
Henrique o ex-vaqueiro, que viu o crime de perto, deu todos os detalhes e solicitado pela acusação, fez um pequeno mapa da fazenda, mostrado onde Luiz Carlos estava escondido, onde rendeu sr. Pedro, onde o fez deitar no chão, chamando de vagabundo e, disparou a sangue frio 11 tiros com um rifle calibre 22, sendo 7 tiros nas costas e 4 tiros no rosto. Todos os depoimentos, o que também impressionou muito foi o SGT do 8º BPM DEIBLYTY, que como amigo da família e policial que esteve no local do crime, detalhou com minúcias, quem era Pedro e quem era Luiz Carlos. Ao todo foram 5 depoimentos contundentes contra o réu, sendo dito o que e Luiz Carlos, contou a amigos, que o s.r Pedro “urrava e berrava” implorando pela vida, enquanto recebia os tiros.
Outro depoimento emocionante foi o de D Vera, que, mesmo às lágrimas detalhou como era a sua vida com sr. Pedro, seus filhos, a vida na fazenda, onde plantava pimenta do reino, e do leite retirado do pequeno gado cuidado por Henrique, que também o ajudava na plantação de pimenta, e Henrique, havia apenas 8 dias que estava trabalhando na fazenda, ao contrário do réu que era o terror na região, seu nome era lei como um cangaceiro dos dias modernos, vivia de roubos e furtos, tráfico de drogas, e ameaçando as vítimas que se contassem, morreriam. Em suma; vinho a água não se misturam, se de um lado existia um homem honesto, digno, trabalhador, amigo e ajudava a quem precisasse, do outro lado um homem cruel, sádico, vil, e que pelo terror que impunha, nunca pagou pelos seus crimes, a não ser agora, que já está preso há 5 anos pela morte do sr. Pedro, como o julgamento foi feito “on line”, Luiz Carlos não ouviu a sentença proferida pela MM Juíza Dra. Tarcísia Elias Fonseca.
DEFESA, ACUSAÇÃO e os meandros de um tribunal
Na acusação os Drs. Ivan Ghernes, Marcos Vinicius Bomfim, Ruan Gomes Santos e a dra. Inglid Costa de Paula, a acusação em seu primeiro momento, teve como não poderia deixar de ser a participação fundamental do ilustre promotor Dr. Mauricio Magnavita, que começou a puxar o fio de um emaranhado mundo criminal, onde um fora da lei, mantinha toda uma população amedrontada pelo terror imposto pela vontade de um psicopata determinando quem é que manda e quem tem que obedecer, depois do promotor, vieram os advogados auxiliares de acusação, mostrando o passo a passo de uma vida totalmente voltada pelo mau, uma vida de quem mesmo fugindo no seu dia a dia, implantou a sua vontade do “sou eu quem manda aqui”, de horas de acusação.
Depois subiram à tribuna os advogados de defesa, mesmo diante de uma fera sanguinária como Luiz Carlos, a justiça mantém o direito de lídima e legítima defesa e, foi isto que foi feito pelos drs. Hugo Casaes, Laionardo Abade e a dra. Keila Teixeira Ferraz, a defesa, buscou todos os argumentos que pudessem derrubar a acusação. Mostrou aos jurados dentro dos autos do processo que o que foi dito pela acusação, não era de todo a verdade, que ali havia um pouco de fantasia e, que mesmo diante de todos, o réu admitiu alguns de seus crimes, mas negou que tivesse atirado e matado sr. Pedro e, diante disto usaram também de argumentos fortíssimos, numa demonstração clara que, se Luiz Carlos, não fosse absolvido, pelo menos a sua pena seria muito menor, pois pediram que não levassem em consideração o “crime triplamente qualificado, e de forma cruel.
Depois de um breve intervalo, vieram, a réplica e a tréplica, mas pouco pode ser acrescentado, a não ser novos argumentos dentro do próprio processo, terminado este processo, a MM juíza como já havia orientado a todos, esvaziou o salão de julgamentos, para que procedessem a votação e tempo depois, veio o resultado, a MM juiz Dra. Tarcísia Elias Fonseca leu o veredicto e condenou réu a 22 anos de reclusão, que deverão ser cumpridos em Vitória no Espírito Santo.
Ouçam o veredicto: