No histórico do processo conta que no dia 4 de março de 2017 Tauã Prates Silva e à época o adolescente Daniel Lima Santos, tentaram matar Leandro Alves Dias, não tendo obtido sucesso, porque o menor infrator à época, errou todos os tiros, e Leandro conseguiu fugir sem nenhum ferimento. Porém 4 dias depois, 08/03/2017, Tauã e Pedro Antônio da Silva Neto, o Pedrinho, tentaram e conseguiram matar Gabriel Marques Santos e, de a ordo com depoimento de Leandro, a tentativa conta sua pessoa e a morte de Gabriel, foi motivada por rivalidades de integrantes de facções criminosas, ou seja, integrantes do PCE de Eunápolis e MPA de Porto Seguro. Todos os depoimentos dos envolvidos, na delegacia de polícia, declararam que os autores da morte de Gabriel foram Tauã que pilotava uma motos Honda vermelha e o atirador era Pedrinho, que chegaram à porta da vítima, o chamaram, e Gabriel deu volta pelos fundo e ao chegar á frente de casa, foi alvejado por vários tiros, sendo este ato presenciado por várias pessoas, e que uma testemunha chave do crime, ameaçada, teve de sair da cidade com a família para não morrer. E nesta 2 feira 16/08/2019, Pedrinho foi jugado pela morte de Gabriel, tendo como acusador, o representante do MP, o promotor Dr. João Alves Neto e como defesa, a bacharel Bruna Cristina Paoli Costa da defensoria pública, auxiliada pelas assistentes, Larissa Santos e Sabrina Silva Paconhã.
Acusação e defesa, promovem um debate ético em busca de suas vontades.
Depois de ouvidas as testemunhas, teve início a acusação feita pelo promotor, Dr. João Alves, que esmiuçou todo processo e dele extraiu todos os argumentos possíveis, para promover a condenação do réu, tendo em vista que, a morte de Gabriel, de acordo com as testemunhas, foi executada as mando do chefe de Pedrinho e Tauã, ambos do PCE, sem chances de defesa, por meio cruel e motivo fútil, Dr. João em sua caminhada pela condenação de Pedrinho, mostrou todos os detalhes técnicos deste crime, principalmente a declaração de Leandro, quando disse ao depor que, antes ele havia sido quase morto a tiros, pelo fato de ele morar no bairro Minas Gerais, reduto do MPA, facção inimiga do PCE e seus algozes seriam Tauã e Daniel.
Dr. João, praticamente traçou uma fotografia do crime, não deixando nenhuma dúvida para o corpo de jurados, que Pedrinho na realidade foi o grande matador de Gabriel e que a moto Honda tipo Fan, placa PKF 2712 que havia sido roubada no dia 4 de março foi a moto utilizada na morte de Gabriel. Todas as testemunhas possíveis foram ouvidas sobre a morte de Gabriel, sendo que uma delas por medo de morrer, saiu da cidade.
Depois de 1 hora e meia, foi a vez da defensora pública Dra. Bruna, iniciar o debate, em defesa de Pedrinho, dizendo que uma pessoa inocente não pode ser julgada e muito menos condenada, e durante a sua fala, a Bel. Bruna, levou uma revista americana “superinteressante”, onde mostrava várias condenações de inocentes, e que este fato não poderia acontecer aqui no Brasil e principalmente neste júri. Depois mostrou um vídeo, que os jurados ouviram e viram atentamente, depois a defensora pública, disse que Pedrinho estava trabalhando no HRE e que tinha, documentos probatórios deste trabalho e que era voluntário, mas quando estavam preparando uma documentação para sua efetivação, o fato aconteceu e, Pedrinho teve de abrir mão da vaga de “maqueiro” que anteriormente ele exercia de forma voluntária e, que Pedrinho não pertencia a nenhuma facção criminosa.
A defensora pública, buscou todos os meios possíveis para inocentar o seu cliente, sendo que a sua tese, foi a de “negativa de autoria” e que a polícia deveria investigar melhor para descobrir o verdadeiro assassino de Gabriel.
Por outro lado, a tentativa frustrada pela morte de Leandro foi na rua Santa Cruz no bairro Pequi e a morte de Gabriel foi na rua Tupiniquins, também no bairro Pequi, ou seja, tentativas diferentes, ruas diferentes, porém no mesmo bairro.
Na réplica, Dr. João refutou a defesa, dizendo que a revista por ser americana não retrata a realidade brasileira, e que o vídeo, foi feito, na tentativa de extorsão ao governo de Minas. Dr. João, de volta ao cenário do julgamento, buscou de todas as formas anular a tese da defesa e, conseguiu, falou por uma hora, foi ouvido e o corpo de jurados, ao ouvir atentamente as suas explicações, ficaram a espera da tréplica o que aconteceu tempos depois, a defensora pública, em sua fala, tentou explicar que o que foi contado pelo promotor, era apenas uma vontade de incriminar e condenar o Pedrinho, a saber que tanto a defesa quanto a acusação, buscam seus propósitos de forma a satisfazer a lei, Dr. João disse que este julgamento, precisaria ser filmado para ser contado às futuras gerações e, como a réplica e a tréplica, pouco acrescentam ao julgamento, é apenas a reafirmação do que fora dito antes, depois o MM juiz presidente, Dr. Otaviano sobrinho, leu os quesitos a serem julgados pelos jurados, e todos foram para a sala secreta, par a votação que definiria o destino de Pedrinho.
Reta final.

Depois de pouco mais de 1 hora, todos retornaram ao salão nobre de julgamentos, onde Dr. Otaviano, fez a leitura de tudo que foi feito na sala secreta, dando ciência de que os jurados se negaram a aceitar tese da defensoria pública e condenou Pedrinho a 14 anos de reclusão em regime fechado.
Antes de encerrar a pauta deste julgamento, Dr Otaviano, MM juiz presidente do júri, agradeceu a presença de todos, tecendo elogios ao promotor Dr João, à defensora Dra. Bruna, que está de mudança para Porto Seguro, falando que durante o tempo em que aqui militou, sempre o fez com denodo, segurança e muita ética, agradeceu a presença da PM, ao jornalista Paulo Barbosa pelo trabalho de informação, não dizendo quando haverá outro julgamento, o que deverá ocorrer ainda este ano em data a ser marcada.