
Futucando meu pc, encontrei esse texto que escrevi em 2007, e de novo eu volto a dizer, nada novo debaixo do sol, nesse nosso país, ou aliás a corrupção de lá pra cá só vem tomando cores e requintes de crueldade, então acrescentei algumas informações novas no texto, porque ele é tão atual que vou publicar novamente, infelizmente.
Pátria “Severina”
Ouviram ecoar do palácio do planalto, não o brado retumbante de um povo, mas a voz do Roberto Jéferson que dizia: – “Vou jogar merda no ventilador!”
E os que acreditavam que enfim, o sol da liberdade brilharia no céu da pátria, perderam as esperanças de ver fazer valer a igualdade em sua nação. Continuam os grilhões da mentira e da corrupção.
Ó Pátria arrasada!
Roubada!
Te salvem! Te salvem!
Mas quem?
Brasil de mensalões constantes um pesadelo imenso.
De fome e de tristeza esta terra pena.
Se em teu nublado céu é a imagem do FMI que aparece.
Gigante pela própria natureza, és forte e colossal a tua riqueza
Mas para onde foi tanta grandeza?
Será que está nas cuecas de alguma realeza?
E o futuro, o que reserva pobreza?
Terra adorada!
Entre outras mil és tu Brasil
Pátria desgovernada.
Dos filhos deste solo, pra alguns tem sido uma mãe muito gentil, pátria mensalizada, Brasil!
Será que estás a dormir tão profundamente em berço esplendido, que nunca irás acordar?
O som do teu mar e a luz do teu céu, tornaram-se poluição.
E ai Brasil? Quem comprou o teu pulmão?
De novo o triste cenário de corrupção se repete, lava jato, mensalão
Cada um querendo seu quinhão
Cada um querendo pegar a parte que lhe cabe neste latifúndio,
não é propina, não é mensalinho, é carne podre amiguinho
É a grana que cada um acha ter por direito em seu cofrinho.
E o povo, pobres Severinos sem aposentadoria
Entregues a revilia
De um governo golpista
Que conseguiu o que queria
Cadê as panelas e bacias?
E agora será que ainda existe um filho teu que irá conquistar com braços fortes a igualdade nesta nação, quem colocará o peito para desafiar a morte nesta situação?
Entre outras mil és tu Brasil,
Tristeza da América
Dos outros tantos filhos deste solo, ainda és mãe, mas não tão gentil,
Pátria “Severinizada”
Brasil!
“E viva ao povo brasileiro”…
Rosângela Fonseca do Nascimento.