Muita gente a conhece, mas não sabe do que ela é capaz, ela é atriz, teatróloga, declamadora, professora, e além de tudo isto, é muito simples e, por acaso, é o dia do seu aniversário.
Poucos amigos se lembraram, e ligaram dando-lhe os verdadeiros parabéns pela data, não é aquela felicitação social, por conveniência social, mas sim, porque ela merece ser lembrada, às vezes chamada de Dona Doida, outras vezes por Josefina, personagem que ela encarna sempre em suas apresentações e, quando se faz necessário é claro, é uma pessoa que junto ao seu esposo Fábio Del Porto, leva muito a sério uma coisa chamada cultura e que muitos utilizam como forma de ganhar dinheiro, mas na realidade, não importam nem um pouco, que fazem cultura ou não, mas ela é Rosângela, Dona Doida ou Josefina, ela é assim e pronto.
A reportagem do rota51.com foi até a residência de Rosângela, tomou um café (e quantos?), deu-lhe os parabéns, fez o registro e agora reprisa aqui, uma homenagem feira especialmente para uma amiga, para uma pessoa de diversas afeições, para uma mulher que à frente do seu tempo, que sabe dizer “eu te amo” tanto no palco como na vida real, sem abaixar a sua dignidade, mas com a personalidade que lhe é peculiar. Em homenagem ao seu aniversário, reprisamos aqui, um texto que um dia ela irá declamar, “DONA DOIDA”.
DONA DOIDA
Alguns dizem que sou doida, Dona doida, sou doida mesmo e, como não ser?
Mas, antes de ser doida, sou mulher, amiga, amante mãe e companheira,
Sabem por que sou doida? Por que tenho meus defeitos e não os escondo.
Sou uma doida que vê no rosto de cada um, uma ponta de sorrisos e um rio de lágrimas,
Sou doida, porque não vejo nem o mundo nem as pessoas, com olhares hipócritas,
Escondidos por trás de uma face mentirosa que envolve o mundo,
Por isto sou dona doida.
Sou dona doida, ao mesmo tempo também posso ser Josefina, posso ser o que você quiser que eu seja,
Mas não me peça para ser orgulhosa, metida a besta, não me peça para ser omissa com meus sentimentos.
Dona doida ou Josefina, ou até eu mesma, por que quando olhos nos olhos das pessoas,
Não me preocupo em ver o papel de presente, mas quero ver o presente, o que está por dentro,
Quero ver o valor da alma e não e névoa que se esvai ao pequeno sopro,
E quando te abraço, quero abraçar você por inteiro ou inteira, quero que o calor do meu corpo te aqueça, para que você sinta que eu te amo, sem precisar dizer uma palavra.
Que bom ser doida, que bom ser vista, que bom ver nos olhos das pessoas, de uns a verdadeira admiração, de outros a indignação,
Não me olhe deste jeito, me permita dizer quem eu sou, já disse e vou repetir sou eu quem nos momentos da sua doideira, te abraço, coloco as mãos nos teus ombros e te chamo pra vir comigo, sou eu quem nos momentos da sua tristeza, me visto de Josefina e vou contar piadas e depois enxugar tuas lágrimas.
Sou eu que te olha nos olhos e te diz “eu te amo”, não importa quem seja você, você pode até não entender as minhas palavras, mas eu amo tudo, quer ver?
Amo o brilho nos olhos de uma criança, amo o sorriso nos lábios de quem sabe sorrir, amo uma flor que eu pego e te dou, só pra enfeitar a sua vida, uma estrela quando cruza o céu, eu também amo porque ali está o brilho dos olhos de Deus, você seria capaz de entender tudo isto?
E o melhor, para entender as coisas como eu, passar pelo que passo, você precisaria ser tão doida como eu, mas se você não sabe ser DONA DOIDA, que seja então uma JOSEFINA, mas invente, invente um personagem que te mostre uma vida sem hipocrisias, invente um personagem que mude a sua vida, e quando você olhar nos olhos de outras pessoas, possa dizer sem vergonha ou medo de ser feliz, que você ama, seja você mesma, para inventar a dignidade de dizer: “ eu amo você”, é por isto que para fazer o que faço, tem que ser Josefina, amiga, amante mãe, mulher, companheira e sobre tudo: “muito doida.

Boa lembrança do face, valeu pela homenagem mais uma vez amigo Paulo Barbosa.