Atualmente em nosso cenário politico LOCAL, existem vários sites que veiculam matérias informativas sobre os acontecimentos diários dentro e fora da PME. E isso é muito bom, pois os cidadãos têm direito ao acesso a informações VERÍDICAS e se possível em tempo real. No entanto o que observamos são posturas francamente danosas à honorabilidade de pessoas físicas e jurídicas, encobertas pelo manto da pretensa defesa dos interesses da sociedade e deste ou daquele Governo, nada têm de liberais, mas, ao contrário, atentam contra a liberdade como um todo e contra o Estado Democrático de Direito. É preciso mais que um título para conferir um estatuto liberal a um modo de procedimento de comunicação social.
No Filosofia da Comunicação questionamos quais são, no entanto, os limites do jornalismo? O jornalismo tem limites? Se o jornalismo não tem limites, então ao jornalista tudo é permitido? É possível ao jornalista agir dentro da Lei mesmo agindo fora da Lei? Como determinar o que é lícito e o que é ilícito no jornalismo?
Ocorre que o direito à liberdade de imprensa no contexto atual de maturidade democrática e constitucional deve ser interpretado, a fim de que seus desígnios sejam adequadamente entendidos e respeitados.
Assim é que o exercício da liberdade de expressão, inscrito no artigo 5º, incisos IV e IX, da Constituição Federal deve ser harmonizado com o princípio da dignidade da pessoa humana (artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal), com o direito de acesso à informação (artigo 5º, inciso XIV, da Constituição Federal), com a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem (artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal) e com o direito de resposta (artigo 5º, inciso V, da Constituição Federal).
Há muito tempo durante e até mesmo após a ditadura militar, O direito constitucional à liberdade de expressão o qual respalda o direito também de cunho constitucional à livre imprensa, após duros anos de regime ditatorial, é um dos direitos protegidos de maneira indisponível à Sociedade Brasileira.
Porem, voltando à temática do assunto, nós JORNALISTAS por profissão e/ou por direito adquirido junto a ABS (Associação Brasileira de Jornalistas) ficam extremamente contristados e até mesmo REVOLTADOS, com o nível em que a imprensa Eunapolitana tem ganhado espaço, meio ao público inculto, com matérias tendenciosas, que fogem totalmente ao que rege o código de ética dos Jornalistas. Infelizmente hoje em dia, possui um site ou blog, se tornou carta de alforria para a propagação de mentiras, insultos, calunias difamações e até mesmo a tentativa de mascarar os fatos como eles realmente são. A imprensa sempre foi e sempre será um viés para pessoas mal intencionadas propagarem rapidamente o que querem, fazer o que? O que nos choca é ver o tamanho desrespeito a pessoa humana, principalmente quando se trata de políticos locais. DEIXANDO CLARO, que em meu texto não estou protegendo nem acusando o “ LADO A ou LADO B” porem sendo Jornalista, vejo esses redatores de sites, manchando a imagem que levamos ANOS para adquirir. Devemos nos atentar que por trás do politico seja ele corrupto “em seu parecer” ou não, também existe algo a ser preservada, que se chama: DIGNIDADE HUMANA. Não obstante observamos que os próprios “jornalistas” não se respeitam como profissionais da área, quanto mais iriam conhecer as primícias de um bom jornalismo.
Deixo aqui a minha indignação, a esses “jornalistas” que se valem do anonimato de um site, pagina politica, blog para atacar o seu adversário; e digo adversário, pois adversários estão longe de ser inimigos, pois tudo na vida é muito efêmero, as pessoas se esquecem de que a POLITICA bem como os cargos oriundos da mesma, e nem sempre os cargos tem a durabilidade de um mandato, não sendo necessário atacar de forma desmedida e desrespeitosa a antigos ou atuais gestores da cidade. Como reza um adagio popular: ATAQUE O ARGUMENTO, NÃO O ARGUMENTADOR.
Alguns redatores criticam a postura ética do outro, ou em alguns casos criticam a gramatica alheia, mas, será que estão realmente APTOS para isso? Será que seus textos não vem encharcados de erros de grafia, falta de acentuação correta, inversão errônea do vocábulo, erros no emprego do vocativo, etc.
É abominável ver alguns sites, ou melhor, um site em questão, se referir ao antigo gestor como O REI DO GADO, e digo isso não em defesa do cargo politico e sim a dignidade do mesmo. Da mesma forma é vexatória a forma que apelidos de péssimo gosto são atribuídos ao atual gestor. A disputa, a concorrência principalmente no que tange a imprensa quando a oposição sempre foi pautada no respeito ético e moral, jamais veremos jornalistas como Rachel Sheherazade insultar a Glória Maria, ou veremos o William Waack ser grosseiro com o Carlos Alberto Sardenberg, pois entre eles impera o respeito pautado na ética e no profissionalismo.
Fica o alerta, a imprensa embora tenha sua liberdade, ela não é FAROL VERDE, para insultos, inverdades, e principalmente invasão a privacidade da pessoa humana.
Quer fazer uma matéria investigativa? Faça. Mas se calce com os sapatos da ética jornalística.
Quer fazer uma defesa? Faça. Mas ataque o argumento, não ao argumentador.
A imprensa, que deve ser uma contumaz prestadora de serviço, ultimamente vem somando desserviços na ânsia pela audiência e seus dividendos.
Onde e aonde vamos parar?
É hora de se repensar o jornalismo eunapolitano…
Eu, como jornalista, tenho vergonha.
Alinne Werneck – Jornalista e Assessora de Comunicação.
