Mais um episódio que vai para a categoria do “dois pesos e duas medidas” que tem marcado a cobertura jornalística de casos e personagens ligados ao PT ou ao PSDB. É cabível pensar: “Imagina se fosse um senador petista o dono do helicóptero apreendido com quase 450 quilos de cocaína, em vez de um político tucano, o auê permanente que a mídia conservadora faria, até que houvesse condenação pública e judicial”.
Genro Luciana Genro, afirmou que o senador Zezé Perrella (PDT-MG) e seu filho, o ex-deputado estadual Gustavo Perrella (SD-MG), não foram presos na operação da PF por serem blindados.
Mas quem está pagando o pato por “falar demais” é a ex-deputada do PSOL Luciana Genro. Sobre o caso Perrella, o Diário do Centro do Mundo destacou trecho de reportagem do Estadão que resume os fatos:
Em resposta a uma interpelação da Câmara dos Deputados, a ex-deputada e ex-candidata à Presidência pelo PSOL, Luciana Genro, afirmou que o senador Zezé Perrella (PDT-MG) e seu filho, o ex-deputado estadual Gustavo Perrella (SD-MG), não foram presos na operação da Polícia Federal que apreendeu um helicóptero da empresa da família Perrella com 445 quilos de cocaína por serem “blindados pelas suas relações com o poder”.
“É notório que tal fato (apreensão do helicóptero com cocaína pela PF) não ensejou a prisão do senador, nem de seu filho, proprietário da empresa e deputado estadual (na época da operação, em 2013). Estes ficaram fora do alcance punitivo da guerra às drogas, blindados pelas suas relações com o poder”, afirma a ex-deputada no documento de sete páginas encaminhado nesta terça-feira, 8, à Câmara dos Deputados.
Na resposta, Luciana Genro ainda discorre sobre as consequências da guerra às drogas em todo mundo e cita um estudo da London School of Economics com critica à política de combate ao consumo de drogas. Ao final, ela anexa uma reportagem sobre a apreensão do helicóptero dos Perrella em 2013. “O fato de um helicóptero da família do senador ser apreendido com 450 kg de cocaína é uma evidência que sustenta de forma concreta a suspeita de que os grandes traficantes não estão nas favelas e sim, inclusive, no Congresso Nacional”, conclui Luciana Genro.
Por CdB em setembro 9, 2015
Por Redação, com Conexão Jornalismo – de Brasília:
