A violência física, financeira, sexual, psicológica e moral, não tem medidas. Todavia, quando falamos da violência, relatamos apenas na relação homem e mulher… Não atentamos para a violência psicológica e moral contra as mães atípicas. E, pasmem, geralmente praticada por uma mulher contra outras, quando a mesma em posse de sua condição hierárquica priva os direitos de crianças e jovens, direitos estes já adquiridos, com suportes adequados, para facilitar a jornada de uma mãe atípica.
Com a falta de terapias específicas, assistidas por uma equipe multidisciplinar, esse direito é cerceado e tem causado sofrimento, angústia e estresse nas famílias. Recebo recados de mães atípicas gritando por socorro e até mesmo procurando o suicídio como forma de amenizar seu sofrimento e graças a fé que nos rege, não consumado.
Repito: Pasmem! Estou falando de Eunápolis… É isso… Estamos vivendo momentos difíceis com a “desativação” do único Centro da região da Costa do Descobrimento, que mesmo com parcos recursos, e estrutura física pequena, mantinha o “Atendimento Educacional Especializado previsto em Lei – Lei n ° 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, dentre outras, como direito adquirido.
A falta desses atendimentos tem trazido decréscimo no desenvolvimento das crianças, em comunhão com seus pares, dentro de suas casas e/ou nas escolas.
Os Centros de Referência, como o CAEEDE, trazem informações, estudos, terapias, formações para o público alvo determinado pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC, que são: Deficiência, Transtornos Globais de Desenvolvimento, Altas Habilidades/ Superdotação.
O Caeede Eunápolis precisa ser ativado. Neste espaço, as mães atípicas têm direito e voz. Façamos valer esses direitos, porque nós professores especialistas na área da educação especial, temos consciência de nossos deveres.
A violência contra a mulher persiste de todas as formas e colocamos embaixo do tapete a pior violência de todas: Negar a mulher o direito de ser Mãe Atípica, condição que deve ser respeitada!
