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O Velho e Belo Chico

Paulo Barbosa Por Paulo Barbosa
09/05/2016
in Editoriais, Meio Ambiente, Notícias, Política
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Rosângela Nascimento - DONA DOIDA
Rosângela Nascimento – DONA DOIDA

Escrevi esse texto faz um tempo e agora assistindo Velho Chico, vejo que o que os ribeirinhos do Velho Chico temiam está acontecendo.

No ano da graça de 2007, tive a oportunidade de fazer uma viagem para o Sertão da Bahia, que foi na verdade uma viagem dentro do sertão que há em mim. O propósito da viagem era de visitar as aldeias indígenas daquela região para falar sobre a implantação do Curso de Educação Superior Indígena.

Na ida passamos por Salvador, pois tínhamos alguns assuntos a tratar naquela cidade mágica, chegando lá encontrei um anjo prenúncio de que a viagem seria boa. Depois fomos para Paulo Afonso – visitamos três aldeias da etnia Quiriri. O que me chamou atenção foi o fato que eles preservam muitos dos seus costumes: as crianças e as professoras vão para escola com as roupas típicas de sua tribo. De Paulo Afonso seguimos para Juazeiro ou Petrolina? Não importa, se o rio separa as duas cidades, existe uma ponte que as une é ai que está o encanto, dois estados unidos por uma ponte; como pessoas diferentes que se unem por laços afetivos, apesar do “ciúme ter lançado sua flecha preta”, entre as duas, não me pareceu que a convivência fosse tão cheia de atritos como eu imaginava.

Mas sim, vamos agora falar do que realmente interessa nesse texto que, aliás, foi o que deu título a essa minha história: O Velho e belo Chico.

Rio São Francisco,   Petrolina-Juazeiro - FotoGeraldojose.com.br
Rio São Francisco, Petrolina-Juazeiro – FotoGeraldojose.com.br

De Juazeiro fomos para a aldeia dos Tumbalalás, tivemos uma ótima recepção e para minha surpresa ao chegar à aldeia me deparei com aquela bela imensidão de água, lá estava ele: o Rio São Francisco, banhando todo o vilarejo. Fiquei extasiada com tanta beleza e não me contive só em olhar, minha máquina fotográfica, companheira de viagem me foi útil nesta hora, pois comecei a fotografar a maravilha que estava diante dos meus olhos, mais ainda era pouco, para o sertão que há em mim, ele precisava ser encharcado, inundado por aquelas águas. A minha vontade era cair nos braços do Velho Chico, mas como se não havia levado trajes de banho para viagem, mas daí pensei, que importância tem isso agora? Então tirei a roupa e tomei banho de calçola mesmo, para o espanto dos meus companheiros de viagem. E se as correntezas levassem minha calçola? Nada disso importava naquela hora. Biquíni? É preocupação do mundo capitalista que institui tal convenção para que o mesmo se tornasse produto de consumo; nada era maior que a minha sensação de leveza e liberdade.

Quando saímos da água, fiquei pensando, o que seria daquelas comunidades depois da transposição do rio São Francisco, se elas não deram o seu consentimento para esta obra? E as populações ribeirinhas que dependem do Velho Chico? ”Penso, logo desisto.” Porque uma obra que vai causar tanto impacto ambiental e prejudicar a tanta gente foi aprovada? A quem esta obra irá beneficiar? Aos pobres ribeirinhos? Certamente não, mais… E alguns latifundiários e seus projetos de irrigação? Será esta a resposta? Ô quem poderá nos responder. Assim também como deveria responder o que será feito das pobres pessoas que vivem as margens do rio e da vida.

 

 

 

Os povos Indígenas Ribeirinhos dos estados banhados pelo São Francisco escreveram uma Carta Aberta contra o projeto de transposição:

“Eu me sinto muito mal, eu faço a comparação pelo nosso corpo. Nós temos as veias que levam sangue ao nosso corpo, se a gente faz um corte o sangue vai todo embora e a gente morre. O rio é vivo, e só enquanto tem água, senão morre o rio e morre muito mais vida, porque morre o índio, morre o negro, que são ribeirinhos, e muitos bichos que precisam do rio. Eu não aceitaria que isso fosse acontecer”. Palavras do índio Carlito Kiriri.

A transposição do Rio, não irá interferir apenas no curso do rio, mas também no ecossistema e na vida de pessoas e seus rituais, sua pesca e na vida de animais que terão sua espécie ameaçada de entrar em extinção.

É realmente uma atitude que merece o repúdio não só das comunidades que moram as margens do rio, mas o repúdio de todo cidadão brasileiro, ser humano, que vê sua casa sendo destruída um pouco a cada dia, e não poder  fazer  nada para evitar a sua destruição. O planeta Terra é nossa casa – hoje destroem um rio, amanhã derrubam uma floresta inteira para plantar eucalipto, depois matam os animais. E tudo isso em nome do progresso, qual? E depois onde iremos morar se todo o progresso destruiu a nossa casa?

 

O sábio Cacique americano Chefe Seattle, já havia profetizado que o homem branco destruiria a terra: “Todo mal que fizeres a terra, retornará para ti, pois não és o dono da terra, mais parte dela”.

 

Depois do banho que tomei no Belo e Velho Chico, o Sertão que há mim, não se esgotou, pois meu coração está como as terras da Caatinga – seca e desolada, não por falta de água, mas de tristeza, de ver que o mar doce vai virá Sertão.

 

 

Rosângela Fonseca do Nascimento

Tags: cidadediferenresmágicaoportunidadeprofessoraspropósitotexto.trempo
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