Na cidade, é sempre bom, ir às feiras, comprar as coisas do campo que chegam bem cedinho, mas na realidade, ninguém na cidade sabe a luta do homem do campo para manter a agricultura familiar produzindo e, ainda sobrando um pouco para vender nas feiras. E para ver isto de perto, o rota51.com foi a campo com o sindicalista Natanael Braga, para uma visita ao projeto Santa Maria e, em sua gleba de terras de 14ha, registrou-se o plantio de abacaxi, café, cana, milho, bananas, batatas e cabaça dentre outras, a cabaça para artesanatos.
Em cada plantio, Carlito o seu trabalho e reclamou apenas que falta dinheiro para uma irrigação para o seu café, se tivesse uma irrigação haveria mais grãos nos pés, pois a chuva ajudou muito, mas, a colheita pode não dar o resultado esperado.
Carlito disse que se pudesse só plantava cabaças, pois o lucro é muito bom, mas as outras culturas também, fazem parte da subsistência de cada um, a prova disto foi o passeio dado na gleba de Carlito, onde pode ser mostrado, as várias culturas, e todas elas produzindo normalmente.
No caso do abacaxi, a 1ª safra é de ótima qualidade em todos os sentidos, mas a 2ª safra, o tamanho diminui bastante, não alcançando o preço necessário, mas esta 2ª safra poderia ser aproveitada para fazer polpas de abacaxi, já que no Projeto Maravilha tem uma despolpadora, que funcionando, renderia para os dois lados, já que no Projeto Maravilha também tem plantadores de abacaxi e devem ter o mesmo problema, é só colocar a máquina pra funcionar, caso contrário, o dinheiro do estado vai para o esgoto, já que a despolpadora, foi comprada pelo governo do estado, incluindo 2 tratores, 1 para o Projeto Maravilha e outro para o Santa Maria.
Sivaldo Alves Queiros, sempre foi presidente e o líder da comunidade de Santa Maria, Sivaldo também tem sua gleba de terra, de 14ha, e planta banana, café e abacaxi e tem umas cabeças de gado leiteiro, assim como os demais, todos produzem o suficiente para o consumo doméstico como para comercialização, mas a falta de um financiamento para irrigação e plantios, o governo diz que tem dinheiro, mas muita gente tem medo, e a falta de um técnico agrícola, que dê as orientações necessárias, fazem com os produtores, sofram com as perdas de alguns cultivos, o caso do abacaxi é um exemplo clássico da falta de orientação e perda de divisas em um setor , que é altamente produtivo. Porém uma coisa ainda é muito preocupante, é o alto índice de violência de assaltos e roubos, nestes acampamentos, onde além das dificuldades encontradas no setor produtivo, moradores ainda tem de viver sobressaltados, com meliantes que tentam a todo custo tomar conta dos moradores locais.