Os médicos baianos decidiram pela adesão à greve geral do próximo dia 28 de abril. A decisão foi tomada em assembleia, na noite desta segunda-feira (24), com grande participação de profissionais que atuam nos mais diversos serviços de saúde.
Na avaliação dos médicos, nenhum projeto de reforma – seja previdenciário ou trabalhista -, deve ser encaminhado pelo governo sem uma ampla discussão com o conjunto da sociedade. De forma unânime, a assembleia apontou que o Congresso Nacional não tem legitimidade para reformar a legislação.
Foi consenso o entendimento de que não há motivo para que se tente aprovar de forma intempestiva as reformas pretendidas pelo governo Temer, especialmente num momento em que o País se depara com um intrincado esquema de corrupção, que atinge todas as estruturas de poder, colocando sob suspeição os interesses que motivam o açodamento para votações de propostas cujo impacto se fará sentir por anos a fio.
Após a explanação dos advogados do Sindimed – Dr. Celso Vedovato e Dra. Cláudia Bezerra -, sobre projetos das reformas previdenciária e trabalhista, a assembleia pode discutir com clareza os potenciais impactos que esses ataques terão sobre a categoria médica.
Embora houvesse unanimidade sobre a necessidade de rechaçar os projetos de reformas, os médicos expuseram divergências em relação à greve do dia 28. Levada à votação, a adesão foi aprovada pela maioria de 55 votos, contra 21 votos contrários e uma abstenção.
Vale ressaltar ainda que, na opinião geral da assembleia, a discussão sobre reformas deve ser travada durante os debates que precedem a próxima eleição presidencial, entre os futuros candidatos, para que assumam perante a população os compromissos de mandato apresentados nas respectivas campanhas.
Rodoviários confirmam adesão à Greve Geral no dia 28: “Decisão nacional”
O presidente do Sindicado dos Rodoviários, o vereador Hélio Ferreira, confirmou, em entrevista ao Metro1 nesta segunda-feira (24), que a categoria vai aderir à greve geral desta sexta-feira (dia 28). “Essa é uma decisão nacional, os rodoviários da Bahia não podem ficar de fora”, afirmou. Ainda de acordo com o parlamentar, esse é o momento do trabalhador “mostrar sua força”.
“É um movimento nacional de todas os trabalhadores de transporte, de comerciários, bancários, de todos os setores. Vão estar todas as categorias envolvidas diretamente, unidas nesse momento difícil de retrocesso para a classe operária. É um momento de reação, de tudo ou nada. Vai ser o momento de mostrar a força dos trabalhadores para reverter essa situação das reformas, que vão penalizar todos os trabalhadores. É uma decisão nacional, os rodoviários da Bahia não podem ficar de fora. Com certeza vai ser uma das maiores greves da história do Brasil”, disse.
Ainda de acordo com Ferreira, os ônibus voltam a funcionar normalmente no sábado (29). “É um chamamento nacional cumprindo toda a orientação, toda a decisão que foi tomada no conjunto a nível nacional”, completou.
Bancários aderem à greve geral do dia 28
- Neste momento, a resistência é decisiva para barrar a ofensiva neoliberal. Os bancários sabem disso e vão aderir à greve geral, no dia 28 de abril, com paralisação nas agências. A decisão foi tomada em assembleia, ocorrida na noite de ontem, no Ginásio de Esportes, ladeira dos Aflitos.
- O Sindicato dos Bancários da Bahia ressaltou que o momento exige coragem e unidade para alterar a correlação de forças para mudar o jogo. A entidade tem dado continuidade às manifestações nas agências para conscientizar a categoria e a população.
- O governo tem feito fortes ataques aos trabalhadores. Impõe medidas que exterminam direitos historicamente conquistados. A reforma trabalhista, por exemplo, altera a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), eleva a jornada de trabalho e, ao contrário do que se prega, não reduzirá o desemprego.
- Tem ainda a reforma da Previdência que, na prática, acaba com a aposentadoria. Homens e mulheres teriam de trabalhar até os 65 anos e contribuir com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por 49 anos, para requerer o benefício integral.
- As propostas não têm o apoio dos trabalhadores nem da população. No dia 28, o país vai parar em defesa dos direitos e contra a pauta em discussão no Congresso Nacional.
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