
Em assembleia realizada na manhã do último sábado os médicos do hospital Luiz Eduardo Magalhães de Porto Seguro mantiveram a greve.
Enganaram-se aqueles que com o pagamento do salário atrasado levaria os profissionais e terminarem o movimento.
Os atrasos salariais já são uma constante há mais de ano na vida daqueles trabalhadores.
O que realmente foi priorizado na realidade atual foram as condições precárias que os médicos passaram a encarar como condições físicas hospitalares que colocam em risco a população e falta de investimento em novos equipamentos e até falta de medicamentos, matérias para cirurgias, etc.
Acrescenta-se a situação a precarização do vinculo trabalhista no qual se “obriga” a uma contratação de forma ilegal do profissional por pessoa jurídica que significa em pratica uma relação de emprego fraudada. E a situação ainda é pior em outros serviços da região em que médicos trabalham no serviço público até mesmo sem contrato de trabalho onde deveria haver concurso público.
Os médicos estão acionando o Ministério Público do Trabalho para se posicionar sobre essa burla da lei praticada pelo Estado e por Municípios e cabe frisar que recente intervenção ocorreu em municípios próximos como Itabuna e Ilhéus, um avanço.
Também foi acionado o Ministério Publico Estadual e o Conselho Regional de Medicina para avaliar a possibilidade da continuação do atendimento na unidade.
Outro detalhe destacado pelos grevistas foi à forma como foram encarados pelos dirigentes da instituição e dos políticos com mandato sobre a gravidade da situação. Com a divulgação ampla da paralisação por meios de comunicação como rádios, sites e blogs, considerados sérios e independentes pela categoria e com credibilidade junto a população, nenhum deles se manifestaram ou procuraram oficialmente a comissão de greve para interferir positivamente na questão tão importante para a saúde da população desta região até o momento.
A paralisação é indeterminada e tem contado com o apoio da população que entendeu que os profissionais médicos não estão envolvendo aumentos salariais e a questão dos pagamentos sempre atrasados e sim a possibilidade de exercer aquilo que são capazes de executar com qualidade que é a ARTE MEDICA quando encontram as condições favoráveis para tal.
Solicitamos que continuem se dirigindo ao hospital, apenas para os casos de extrema urgência e emergência e compartilhem nossa luta por uma saúde que você merece. Você paga. Você tem impostos.
Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed)