Bernardo Barbosa e Jéssica Nascimento
Do UOL e colaboração para o UOL, em Brasília
Todos os prédios da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foram evacuados na tarde desta quarta-feira (24) após os manifestantes colocarem fogo nos ministérios da Agricultura, da Cultura e da Fazenda. Ao menos mais dois prédios foram depredados. Os funcionários dos ministérios foram retirados dos prédios pelas saídas dos fundos. O Palácio do Planalto está cercado pelo Exército. Ao menos quatro manifestantes foram hospitalizados; seis policiais foram feridos.
Um grupo de cerca de 50 pessoas usando máscaras no rosto promoveu um quebra-quebra em meio à manifestação contra o governo do presidente Michel Temer. Por volta das 16h, os manifestantes começaram a se dispersar em frente ao gramado do Congresso Nacional em direção ao estádio Manoel Garrincha, que fica a cerca de 5 km da Esplanada dos Ministérios. Carros de som também foram retirados. Às 16h45, ainda havia confronto e confusão em frente aos ministérios.
Pedro Ladeira/Folhapress
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o presidente da República, Michel Temer, decretou ação de garantia de lei e da ordem em Brasília. Tropas federais já se encontram no Palácio do Planalto e no Palácio do Itamaraty, disse o ministro. “Servidores se encontram aterrorizados”, afirmou Jungmann, durante pronunciamento.
O grupo destruiu persianas e vidraças de ministérios, entre eles o da Integração Nacional, o do Trabalho e o da Agricultura. Este último havia sido cercado por tapumes, mas, mesmo assim, teve os vidros quebrados. Também foram depredadas paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões, holofotes que iluminam os letreiros dos ministérios e até banheiros químicos que haviam sido instalados para a manifestação. Funcionários do Ministério da Cultura relataram que os manifestantes botaram fogo na biblioteca do prédio, além de sacar documentos e espalhá-los.
Renato Costa/FramePhoto
Um manifestante foi ferido gravemente e perdeu parte da mão, segundo apurou reportagem do UOL. Outro manifestante foi ferido a bala. Segundo informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública do DF, cerca de 35 mil manifestantes estão na Esplanada. Parte deles tentou invadir o perímetro de segurança restrito próximo ao Palácio da Justiça, mas foi contido pela PM.
A confusão começou quando os manifestantes tentaram furar uma barreira feita pela polícia para se aproximar do Congresso. A todo momento, grupos de policiais tentam dispersar manifestantes, que estão espalhados pela Esplanada dos Ministérios. Vários atiram pedaços de pau e pedras em direção aos policiais, enquanto os trios elétricos das centrais sindicais estão praticamente no meio do fogo cruzado.
Enquanto isso, do lado de dentro do Congresso, deputados de oposição ao governo federal ocuparam a Mesa Diretora da Câmara em protesto contra o presidente Michel Temer (PMDB) e pediram o encerramento dos trabalhos na Casa. Vice-presidente da Câmara, André Fufuca (PP-MA), suspendeu a sessão por dez minutos depois de uma confusão.
A Marcha das Centrais Sindicais, como está sendo chamado o ato, protesta contra as reformas propostas pelo governo federal e pede a renúncia do presidente Michel Temer. Os manifestantes se reuniram pela manhã em frente ao estádio Mané Garrincha e depois seguiram em caminhada até o Congresso passando pela Esplanada dos Ministérios.
Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
Polícia joga bombas de gás contra manifestantes
A reportagem viu ao menos três manifestantes feridos, dois homens e uma mulher, sendo atendidos por bombeiros. Todos estavam conscientes. Um dos homens foi trazido por colegas manifestantes que estavam muito nervosos com a situação, e fizeram protestos diretamente a policiais militares que estavam no local. Com o ferido no chão, os PMs dispersaram o grupo com spray de pimenta.
De acordo ainda com a polícia, 500 ônibus trouxeram os manifestantes. Um bombeiro que não quis se identificar por não poder dar entrevistas disse à reportagem que já havia perdido a conta de quantos incêndios combateu no protesto desta quarta.
No início da tarde, policiais militares a cavalo lançaram bombas e atiraram balas de borracha em direção aos manifestantes no gramado da Esplanada. Forças de segurança fizeram outras barreiras nas pistas da Esplanada, também lançando bombas de gás contra manifestantes.
Lideranças do movimento pediam calma, orientam todos a não provocar a polícia e gritam “sem violência”. De cima dos trios elétricos, lideranças continuavam discursando. “Não são essas bombinhas que jogam em nós que vão tirar o brio dos trabalhadores do Brasil”, disse uma delas.
Angelita do Amaral, 40, servidora pública do Rio Grande do Sul estava atrás do grupo que tentou furar a barreira da polícia militar. Apesar de ter sido atingida com o gás, ela diz acreditar que a corporação fez o que deveria ter sido feito. “A polícia fez o trabalho dela. Um grupo jovem tentou furar o bloqueio e aconteceu isso. Infelizmente, uma parte acaba estragando um protesto tão bonito”, reclamou.

Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Tumulto entre policiais e manifestantes em Brasília
As forças de segurança tentaram manter os manifestantes na mesma linha dos trios elétricos, estacionados a cerca de 300 metros do Congresso.
Mais cedo, também houve uma pequena confusão entre policiais e manifestantes que não queriam passar pela revista.
A avenida das Bandeiras é o limite para a chegada dos manifestantes. A Secretaria de Segurança e da Paz do Distrito Federal informou que os participantes do protesto não poderão chegar até a praça dos Três Poderes.
Gustavo Maia/UOL
Policiais fazem cordão de isolamento do Congresso Nacional
Durante a marcha, líderes sindicais anunciaram no carro de som que nenhum mascarado ia entrar no movimento. “Estamos de olho”, anunciaram e pediam que quem estiver com o rosto coberto que tirasse a máscara.
Parlamentares de partidos da oposição se juntaram à marcha por volta de 13h e subiram em um dos carros de som que cruzava a Esplanada dos Ministérios, mas disseram que só iam discursar quando estiverem na frente do Congresso Nacional.
Entre eles, estavam os senadores Lindbergh Farias (RJ), Paulo Rocha (PA) e Gleisi Hoffman (PR), todos do PT, e a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
(Com informações da Agência Brasil)
Manifestantes protestam contra Michel Temer e reformas em Brasília28 fotos
24.mai.2017 – Manifestantes fazem protesto contra o presidente Michel Temer e entram em confronto com a Polícia Militar, nas ruas da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Eles são contra as reformas da previdência e trabalhista, e protestam pelo impeachment do presidente Michel Temer Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress
Quem coordena, que organização está por trás de mobilizar 500 ônibus, alimentar, pagar, uniformizar milhares de pessoas (que não estão trabalhando numa quarta-feira), coordenar uma estrutura de comando logístico, político e financeiro para esta operação (chamada eufemisticamente de manifestação)? Será que os serviços de inteligência (legais) estão sabendo dos passos desta milícia paralela que cresce no Brasil fora do alcance das leis? Até quando vamos tolerar isto?
Alguns brasileiros, diante da situação política que o país se encontra, muitos querem a volta dos militares já, outros acham que o retorno dos militares está totalmente fora de cogitação, na realidade as ideias são muitas e todos querem o fim desta bagunça política que assola o Brasil e isto ainda não será nada, acreditem, se Cunha, resolver abrir o bico, falar tudo que sabe, ele poderá melhorar a situação para uns, mas na certa vai enterrar muita gene até o pescoço neste mar de lama, que envolve Odebrecht e agora, bem mais recente os irmãos açougueiros, podem, ter certeza, muitas cabeças irão rolar, isto se os integrantes do STF, tiverem coragem bastante para enfrentar o que virá pela frente, vai ter muita gente, tendo como seguranças, batalhões do exército tomando conta e muito de perto, isto se os corajosos, não resolverem transferir o STF para um quartel do exército.

Quando Temer autorizou o emprego das forças armadas para assumirem a segurança do planalto, na realidade, o que ele quis dizer com isto, pé que ele queria segurança para ele, na cabeça de Temer, ele não pode cair agora, pois perderá imunidade parlamentar que é o caminho mais curto, entre ele e a cadeia. Com a deleção dos irmãos açougueiros, a vida de temer está pior que a de Lula e Dilma, e quando Cunha abrir o bico, a coisa vai degringolar de vez. Uma coisa que todo mundo já sabe, é que os prejuízos causados por um bando de vândalos em Brasília, que com certeza atende interesses particulares, quem vai acabar pagando a conta, somos nós os brasileiros, que temos a culpa por ainda não termos aprendido a votar.
Aqui em Eunápolis, com tanta coisa para ser feita, o HRE prestando um atendimento da pior qualidade, postos de saúde sem remédios, (paciente mostrou a redação do rota51.com uma receita de losartana, que no posto não tinha), mas o povo vota e elege como fator principal para uma cidade como Eunápolis, com 120 mil habitantes, o Pedrão, que só para duas bandas estão pagando 970 mil, embora parte da imprensa denuncie, e fazer uma imprensa independente não é fácil é uma questão única, o povo que vota e elege, não pode reclamar de nada, porque quem paga as bandas é exatamente o povo.
RESUMÃO DA REPÚBLICA BRASILEIRA
6 CONSTITUIÇÕES FEDERAIS
1891 / 1934 / 1937 / 1946 / 1967 / 1988
9 MOEDAS
Réis: até 1941 / Cruzeiro: 1942 / Cruzeiro Novo: 1967 Cruzeiro: 1970 / Cruzado: 1986 / Cruzado Novo: 1989 / Cruzeiro: 1990 / Cruzeiro Real: 1993 /Real: 1994
6 VEZES CONGRESSO FECHADO
1891 ; 1930 ~ 34 / 1937 ~ 46 / 1966 / 1968 ~ 69 / 1977
6 GOLPES DE ESTADO
1889 ~ 2016 / 1930 ~ 34 / 1937 ~ 45 / 1945 / 1955 / 1964 ~ 85
1 PLEBISCITO IGNORADO
Venda de armas: 2005
13 PRESIDENTES QUE NÃO CONCLUÍRAM O MANDATO
Deodoro: 1891
Afonso Penha: 1909
Rodrigues Alves: 1918
Washington Luís: 1930
Júlio Prestes: 1930
Vargas: 1945 e 1954
Carlos Luz: 1955
Jânio Quadros: 1961
João Goulart: 1964
Costa e Silva: 1969
Tancredo Neves: 1985
Collor: 1992
Dilma: 2016
31 PRESIDENTES NÃO ELEITOS DIRETAMENTE (também considerando posse de interinos)
Deodoro: 1889*
Floriano Peixoto: 1891*
Prudente: 1894*
Campos Sales: 1898*
Rodrigues Alves: 1902*
Afonso Penha: 1906*
Nilo Peçanha: 1909*
Fonseca: 1910*
Venceslau: 1914*
Rodrigues Alves: 1918*
Delfim Moreira: 1918*
Epitácio: 1919*
Arthur: 1922*
Washington Luis: 1926*
Júlio Prestes: 1930*
Vargas: 1930
José Linhares: 1945
Café Filho: 1954
Carlos Luz: 1955
Nereu Ramos: 1955
Ranieri Mazilli: 1961
João Goulart: 1961
Castelo Branco: 1964
Costa e Silva: 1967
Médici: 1969
Geisel: 1974
Figueiredo: 1979
Tancredo Neves: 1985
José Sarney: 1985
Itamar Franco: 1992
Michel Temer: 2016
*Presidentes do Período da República Velha marcado pelas fraudes eleitorais e o coronelismo.
31 REVOLTAS E GUERRILHAS
Golpe Republicano: 1889
Primeira Revolta de Boa Vista: 1892-1894
Revolta da Armada: 1892-1894
Revolução Federalista: 1893-1895
Revolta de Canudos: 1893-1897
República de Curani: 1895-1900
Revolução Acreana: 1898-1903
Revolta da Vacina: 1904
Segunda Revolta de Boa Vista: 1907-1909
Revolta da Chibata: 1910
Guerra do Contestado: 1912-1916
Sedição de Juazeiro: 1914
Greves Operárias: 1917-1919
Levante Sertanejo: 1919-1930
Revolta dos Dezoito do Forte: 1922
Revolução Libertadora: 1923
Coluna Prestes: 1923-1925
Revolta Paulista: 1924
Revolta de Princesa: 1930
Revolução de 1930: 1930
Revolução Constitucionalista: 1932
Revolta Mineira: 1935-1936
Intentona Comunista: 1935
Caldeirão de Santa Cruz do Deserto: 1937
Revolta das Barcas: 1959
Golpe Militar: 1964
Luta Armada: 1965-1972
Guerrilha de Três Passos: 1965
Guerrilha do Caparaó: 1967
Guerrilha do Araguaia: 1967-1974
Revolta dos Perdidos: 1976
E o Brasil ainda não melhorou, será que não aprendemos escolher os nossos governantes ou somos usados como laboratório?