Atualmente em nossa cidade, presenciamos uma queda de braço, entre dois veículos de comunicação, que ao invés de prestarem um serviço de informação com credibilidade para a população, sem nenhuma parcialidade politica, buscando sempre a veracidade dos fatos, doa a quem doer, evidencia que, o que vigora nesta “disputa” é a sobrevivência do ego do oponente que menos se desgastar. Lamentável.
O mundo que eles, vulgo “detentores da verdade” noticiam, portanto, é um mundo projetado. Ruim, decerto, mas desenhado sem conhecimento de causa. É uma praga que corrói o jornalismo: quem se propõe a narrar diariamente os fatos não conhece os fatos. Não anda nas ruas. Não circula. Não sai da bolha. E, do alto de um mirante, passa a emitir ordens sobre como é a vida de sua audiência e/ou leitores, estes que eles mesmos mal sabem quem são ou como vivem.
Sobre esta espécie de “editoria de piá criado em prédio”, tínhamos uma sentença já à época de faculdade: podem enganar até seus chefes, mas deem uma folha em branco a eles para escrever sobre qualquer assunto e de lá não sairá nada.
O desrespeito aos Direitos Humanos e ao Código de Ética profissional tem sido prática recorrente da imprensa desta cidade. Há muito tempo discutimos o limite cabível entre a liberdade de imprensa e a liberdade de divulgação inverídica. Em tempos de mídias instantâneas devem os responsáveis pela veiculação de matéria envolvendo terceiros não serem precoces nas conclusões postadas já que o bom jornalismo é pautado na apuração e análise dos fatos. Tudo bem, se algum amador se julga editor pelo simples fato de possuir um jornaleco chinfrim com erros de grafia, falta de concordância verbal, diagramação espelhada ainda assim possuir um acesso relevante… Fazer o quê? É o direito de todos publicarem qualquer asneira em seus veículos de “imprensa” na globalizada via das mídias digitais. Democracia é isso. Mas democracia não é carta de alforria para libertação do péssimo exemplo. Na verdade quem não sentou no banquinho da escola para se profissionalizar no assunto perdeu as aulinhas de ética, princípio e demais fundamentos pertinentes ao bom jornalismo. Há um consenso entre os profissionais de Jornalismo e Publicidade (ASSIM COMO EU) de não noticiar o que desconhecemos e/ou não temos a plena certeza dos fatos , por uma questão ética. o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que assim declara no Capítulo III: Art. 11. “O jornalista não pode divulgar informações: II – de caráter mórbido, sensacionalista ou contrárias aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes”. E ainda no Capítulo II, Artigo 6º, em que declara que é dever do jornalista: “VIII – respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão.”
Além disso, repudiamos o modo parcial e pouco profissional como o assunto foi abordado, uma vez que as motivações dos indivíduos em questão são unicamente de cunho político e que de forma rotineira fere os direitos humanos e o código de ética dos Jornalistas Brasileiros, no nosso país. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) considera inaceitável a prática de jornalismo sem confiabilidade e descredibilidade, com também repudia qualquer ato de violência, e acredita que ter uma imprensa livre é condição necessária para a consolidação da democracia, neste ou em qualquer outro país. Qualquer violência exercida por jornalistas até mesmo por matérias manipuladoras e com a explicita intenção de onerar a honra de outrem é uma agressão contra a Constituição e contra a liberdade de expressão.