Você já deve ter visto matérias sobre como o futuro era imaginado há décadas.
Na maioria das vezes, as pessoas idealizavam cidades com carros voadores rivalizando o espaço aéreo com aeronaves, edifícios ultramodernos, vias suspensas, engenhocas mirabolantes etc.
Entretanto, alguns pensadores acertaram em cheio em como viveríamos hoje em dia — e inclusive propuseram ideias que deveriam ser adotadas. Um desses caras foi Harvey W. Corbett que, em 1925, era presidente da Architectural League of New York e fez uma série de previsões interessantes (e precisas) de como a Cidade do Futuro seria.
Soluções interessantes
De acordo com Charlie Sorrel do portal Fast Company, a visão de Corbett foi apresentada com ilustrações feitas à mão por ele em um artigo da revista Popular Science, e muitas das ideias se tornaram — e outras tantas deveriam se tornar — realidade. Segundo Sorrel, na época prevalecia a ideia de que as grandes cidades sofreriam uma forte descentralização.
No entanto, Corbett era contrário a esse prognóstico, e insistia que os grandes centros cresceriam e se tornariam gradativamente mais populosos, e insistia que os arquitetos deveriam focar em criar soluções para o aumento da população e do tráfego.
Em seus projetos, Corbett transfere as ruas para o subsolo, e ele cria um sistema com diversos níveis conectados por meio de rampas no qual o nível mais profundo corresponde às vias de circulação em maior velocidade. Além disso, Corbett também imagina uma rede de tubos para o transporte e entrega de mercadorias — o que seria muito útil hoje em dia com a popularização das compras online.
Foco humano
Nos projetos de Corbett, os estacionamentos também ficariam “escondidos” sob o solo, e a população poderia circular por uma superfície livre de veículos. Tudo isso funcionaria juntamente com um vasto sistema de metrô. Na época, a cidade de Nova York já contava com trens subterrâneos, mas a rede imaginada pelo arquiteto só começou a tomar forma 15 anos depois de sua previsão.
Outra previsão de Corbett que se concretizou foram os trevos que permitem a interligação entre as vias urbanas e as rodovias, com suas rampas, níveis e cruzamentos. No entanto, o mais interessante é que a população vem em primeiro lugar nos projetos de Corbett, já que a superfície da cidade se transforma em um espaço dedicado à circulação de pedestres e ciclistas, e o acesso ao sistema subterrâneo de transporte é feito por escadas rolantes.
Além disso, segundo Sorrel, Corbett também acerta com a previsão de arranha-céus de uso misto — que concentrariam escritórios, restaurantes, apartamentos residenciais, espaços para o aprendizado e o lazer etc. — que vemos hoje em dia em várias cidades. Mas o arquiteto propõe algo melhor: esses edifícios seriam construídos em todas as quadras, fazendo com que as zonas comerciais que atualmente ficam desertas à noite ou aos finais de semana deixem de existir.
Via Mega Curioso.
Fonte(s) Fast Company/Charlie Sorrel
Imagens Popular Science