O promotor Dr. Ariomar Figueiredo, pediu a réplica, e voltou com a carga toda, buscando no processo de quase 4 mil folhas, uma forma de condenar os réus, pela morte do radialista Ronaldo Santana, voltou a falar de Paulo Sérgio, de outros cujos nomes estavam no processo, mas que não foram chamados a depor e nem foram arrolados como testemunha, até uma testemunha que viu todo crime e identificou o atirador, dizendo ser entre 24 e 30 anos, calça jeans, cabelo surfista, o motoqueiro de bermuda jeans, blusão de couro e capacete, e nem assim, a testemunha foi chamada a depor ou fazer um retrato falado.
Paulo Sérgio fez 7 depoimentos diferentes, nunca manteve um depoimento único, por outro lado Ronaldo Santana de acordo com a acusação, vivia denunciando as falcatruas de Paulo Dapé, que foi um crime de mando, bem arquitetado, que o processo não foi forjado, não era expúrio, e por ser um crime desta natureza, não pode ser rápido. Encerrou suas palavras dando conta de que Paulo Sérgio tem o dedo sujo, de homicida e matador de aluguel, enfim, o promotor Dr. Ariomar, buscou todas as formas de mostrar que os 4 réus eram culpados pela morte de Ronaldo Santana.
Já na fase das tréplicas, Dr. Igor contestou veementemente, as palavras do promotor e sua forma de falar, em relação ao processo e a defesa, e na discussão, o juiz presidente teve de intervir para acalmar os ânimos, mas sustentou que Paulo Sérgio mentiu em relação ao processo.
Dr. Marcos, disse que um pedido de condenação é ilegal, pois o processo é frágil e, na réplica, o promotor não disse nada de relevante que pudesse obter algum interesse dos jurados. Defesa mostrou que algumas pessoas ligadas ao processo não foram colocadas como testemunhas, e isto fragilizou muito a acusação favorecendo a defesa e, não se pode condenar uma pessoa a 12 a 30 anos, sem provas ou testemunhas, MP induz a uma condenação sem provas.
Dr. Pitanga disse que como ex agente penitenciário, sentia-se angustiado estando do lado de foram das grades, e imaginava como era estar do outro lado, e que passar um dia na cadeia era angustiante, imagina 12 ou 30 anos e, também argumentou que esperava que o MP em sua réplica trouxesse algo de novo e não trouxe, e que não se pode condenar por condenar. Dr. Pitanga argumentou que muitas vidas foram prejudicadas, muitas vidas foram arrebentadas, neste 20 anos a espera de uma solução.
Depois foi a vez do Dr. Fabrício que começou buscando desmistificar a acusação, momento em que falava com o promotor, este deu as costas e saiu, Dr. Fabricio fez severas críticas ao fato, e em seguida perguntou onde estavam as provas contra seu cliente, Toninho da Caixa, que era o cheque, e que não falava de coisas inúteis e, que este processo era um equívoco, e que todos estavam ali para um trabalho sério e que os jurados não foram convidados a participar de um teatro.
Dr. Milton falou de uma noite de sono, como se os jurados fossem durante a noite, esquecer os fatos, disse que esperava que o promotor trouxesse algo novo no processo e não trouxe, Dr. Milton disse que a atuação do promotor lembrava seu tempo de menino, com o desenho: “ A caverna do dragão quando as crianças queriam sair de um mundo paralelo e quando chegavam perto da porta, não conseguiam e tinham, de começar tudo outra vez e, chamou o promotor Dr. Ariomar de mestre dos magos. Dr. Milton disse que as 4 mil folhas do processo, seriam melhor aproveitadas se estivessem em branco, pois nada tinha de tão especial assim, e que este processo não chegaria a lugar nenhum, já que este parecia mais uma piada. Dr. Milton falou sobre Edvaldo, que disse ter visto o assassino, que trajava calça jeans, camisa cinza, e cabelo cortado a moda surfista, e o piloto da moto, bermuda jeans, blusão de couro e capacete, que uma hora era chamado de Rogério, depois Doutor e que estava em Pindorama, e ninguém foi lá buscar para que ele fosse arrolado e fizesse o retrato falado. Falando ainda sobre Paulo Sérgio, Dr. Milton disse que os depoimentos, pareciam pedir aos acusados que pedissem recibo do cheque, que Paulo Sérgio deu 7 declarações diferentes e que, biblicamente falando, 7 é um número perfeito, e que este processo, é a perfeição de como não fazer outro processo igual.
Finalizando, falou Dr. Vasconcelos, falou que passou a noite dormindo mal esperando pela réplica, e o que estaria arquitetando o promotor para contrapor a defesa, em sua réplica. E3le esporava que o promotor tirasse um coelho da cartola ou um ás da manga, mas ao invés disso, não tinha nada de novo, que a réplica não acrescentou nada de novo e, que absolvição era o caminho mais curto para se fazer justiça.
Depois de tudo o MM juiz presidente do tribunal do júri de Eunápolis, leu os quesitos que deveriam ser votados, e acabou fazendo na própria sala a sala secreta, onde os jurados votaram e “absolveram por unanimidade os réus, Paulo Dapé, Toninho da Caixa, Maria Sindoiá, e Dudu.” Para a reportagem Toninho da caixa disse que era um alívio, que agora poderia caminhar sem ter os percalços do processo, que agora está livre, mas que a “sequela” é muito grande e profunda”, mas agora é caminhar pra frente.
Dr. Otaviano, ao final agradeceu aos advogados de defesa, aos promotores, aos jurados e principalmente as referências feitas à sua pessoa.
Nesta matéria, além das fotos; vídeos dos debates desta 3ª feira, estarão expostos, para que, quem não pode ver nada, tenha uma ideia do que foi este julgamento tão esperado por 20 anos. A filmagem e edição dos vídeos são jornalista colaboradora Alinne Werneck.
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