
Para quem conheci Itapebi, sabe que em uma cidade histórica escondida perto de uma pequena floresta, resquício de mata atlântica, às margens do tão depredado rio Jequitinhonha, mas que ainda assim alimenta seus pescadores, não imagina a beleza, escondida bem perto de cada um, embora para quem conheça, já não é mais novidade, mesmo assim precisa e deve ser preservada.

Os antigos casarios já estão sendo demolidos, até mesmo pelo tempo, ou por quem não sabe da importância do fato, já passou da hora do patrimônio Histórico nacional tome uma providencia antes que a cidade histórica, aí sim, passe a ser chamada cidade quase fantasma, pois muitos já construíram novas edificações e estas com arquitetura mais moderna, difere em muito da história de uma cidade que ainda assim, abriga em seu seio, nomes tradicionais que construíram toda a sua história que aos poucos está se deteriorando.
Um passeio com registros fotográficos revela que pelas estradas de chão, passaram tropeiros, bandeirantes, caminhantes, aventureiros e muitos outros, que em tempos de antanho, escreveram suas caminhadas e caminhos de hoje.
Começamos por conhecer uma padaria de mais de 100 anos, que cujo padeiro, faz artesanalmente os pães de cada dia numa faixa de 800 unidades e todos consomem, o seu pão, que ainda é assado em um forno tão antigo quanto a casa de tábuas que ainda está de pé, para que alguns conheçam, a cuba onde o fermento cresce e depois se transforma em massa, a mesa onde ã mão sem corte de máquina o pão é enrolado e vai da mesa para o forno, o pão so sai uma vez por dia.

O padeiro Valdeck Moura de Jesus e seu fiel ajudante Derivaldo Silva Nascimento, a padaria fica na rua 1º de maio e o sr. Valdeck recebeu a padaria há pelo menos 35 anos, e desde então cuida da padaria como fosse seu tio. Na descida a reportagem visitou um colégio que não funciona mais, só existe o prédio, descendo, pode fotografar restos da mata atlântica, mas sempre com o rio Jequitinhonha á mostra, às vezes grande, às vezes apenas um pequeno riacho, mas ele está lá.

Coberta e bem guardada, uma barca onde os cacaueiros colocavam 200 sacas de cacau para atravessar o rio, talvez não tenha mais santos feitos de ouro, mas a Igreja de N. S. da Conceição ostenta a fé de muita gente e guarda tamanhos segredos, que ninguém mais os ouvirão. Casas antigas e ainda de pé, algumas habitadas ou não, baraúnas, jacarandás, e outras madeiras, ainda estão á mostra, mostrando como a arquitetura antiga ainda se faz majestade nos dias de hoje, não se pode deixar acabar, o alicerce da história de uma cidade chamada Itapebi.
FOTOS: PBarbosa