No fórum Dr. AFRÂNIO DE ANDRADE FILHO, aconteceu nesta 2ª feira, 08/05, mais um julgamento, onde o réu foi julgado por homicídio, em um dos crimes que abalaram a cidade.
Agora o fórum de justiça, já tem um nome, onde o MM Juiz Dr. Afrânio de Andrade Filho foi homenageado pelo TJBA, como sendo um Juiz que durante muitos anos esteve à frente de uma das varas de justiça e, agora em sua homenagem, o fórum tem um nome, onde os demais juízes, farão da lei, um sacerdócio para a sociedade.

O crime aconteceu em 26/06/2018, quando por volta das 03h40m, próximo à boate 775, próximo ao Posto Colorado, quando Yuri Kenji Shigeto Freitas e Patrick Bispo dos Santos, foram mortos a tiros, sem que os assassinos tivessem dado às vítimas, menor chance de defesa.
Várias investigações foram feitas e algumas pessoas foram arroladas, como participantes do crime, os indiciados foram Wercules Souza Santos, Tiago das Neves Novaes, Najila Ferreira de Santana e Lucas Darlan de Souza, todos incisos no art. 121 incisos I e IV do CB (duas vezes).
Na presidência do júri, mais uma vez atuo o MM Juiz Dr. Otaviano Sobrinho, na acusação a promotora pública Dra. Mariana Libório, na defesa do réu atuaram Dr. Marcelo Brito, Dra. Jade, o estagiário Marcos, e o Dr. José Hélio.
De acordo com o processo estas mortes aconteceram por briga de facções, entre o PCE e HDL e MPA, facções que atuam no tráfico de drogas e que, as vítimas Yuri e Patrick, eram pertencentes a uma facção, saíram e tinham simpatia pela concorrência, e por isto eram chamados de “ALEMÃO”, ou seja e, na saúde a boate, os dois foram mortos. Os demais envolvidos foram absolvidos, mas restou Wercules para ser julgado e sobre este, pesou a autoria dos disparos, e o seu julgamento foi nesta 2ª feira.
A primeira a falar foi a promotora Dra. Mariana, calma, tranquila, serena, mas quando pegou os autos do processo, mostrou ao corpo de juradas, que foi formado por 7 mulheres, que
Wercules era na realidade o grande culpado pelas mortes, Dra. Mariana, mostrou às juradas, quanta falta faz um filho para sua mãe, a promotora mostrou o réu chorando, falou do seu depoimento para o MM juiz, falou de Deus, porém uma coisa chamou a atenção da reportagem, o réu Wercules, trabalho nos serviços gerais do presídio, mas teve em sua defesa um advogado de Belo Horizonte e uma advogada de Vitória da Conquista, o estagiário Marcos e o Dr. Jose Hélio são de Eunápolis, a promotora Dra. Mariana, mostrou à juradas, toda a culpabilidade do réu, dizendo que os demais envolvidos, foram absolvidos, e que ela também poderia até pedir a absolvição de Wercules, mas o que ela queria era a justiça, e justiça, só poderia ser feita, com a ajuda das juradas e que estas, não deixassem passar a oportunidade de condenar o réu, e com toda a tranquilidade, a promotora fez valer as horas de estudos do processo que apresentou às juradas na tarde desta 2ª feira.
Depois veio o intervalo para o almoço, e em seguida, o júri recomeçou, desta vez com a palavra o advogado de defesa, Dr. Marcelo Brito. Ele que veio de Belo Horizonte, e como todo bom mineiro, como um leão, atacou a defesa do réu, contradizendo, de forma até certo ponto indelicado, a atuação da promotora, buscando desta forma sensibilizar as juradas, que a promotora estava totalmente equivocada em sua forma de acusar, falou do salário da promotora em suma buscou descredibilizar o trabalho da promotora, na questão de acusação pertinente ao Wercules.
Dr. Marcelo, levou um aparelho de tv para mostrar os vídeos que foram feitos pelas câmeras da Boate, e pediu até ao estagiário Marcos que tirasse a toga e vestisse um casaco com gorro, para fazer uma comparação com o réu, numa demonstração de que o réu, não era ninguém que aparecia no vídeo, e que ele era completamente inocente.
Dr. Marcelo, neste júri foi mais que um simples advogado de defesa, foi isto SIM, um grande jurista, na busca de sensibilizar e comover as juradas de que neste processo, houve um grande engano da Polícia Civil nas investigações, mas de nada adiantou, o réu foi condenado. No entanto, praticamente todos os presentes, esperavam pela absolvição do réu, mas o resultado foi totalmente inverso, o réu Wercules Souza Santos, foi condenado a 28 anos de reclusão pelo crime cometido.
Finda a votação, todos retornaram ao plenário para a leitura da sentença e, nunca se viu tantos estagiários de direito, como neste júri, e todos esperavam a absolvição de réu Wercules Souza Santos, ao final, ele foi sentenciado em 28 anos de reclusão, na sentença prolatada pelo MM Juiz Dr. Otaviano Sobrinho, vejam e ouçam o vídeo da sentença: