Depois de várias solicitações de embargos, feitos pelos advogados de defesa, dentre elas de que os jornalistas não fotografassem e nem fizessem filmagens no interior da sala de julgamentos, a da não participação do promotor Dr. Ariomar Lima, por não ter sido ele o promotor acomp0anharte do caso, sendo que em Eunápolis tem promotores da cidade, como Dr. João Alves, Dr. Dinalmari e Dr. Luiz Neto e uma outra solicitação que que não fossem entregues aos jurados, um resumo de todo processo, para evitar influenciar os jurados, o único pedido mantido pelo juiz presidente, foi o da imprensa não fotografar e nem filmar o interior do salão de julgamentos, os demais pedidos de embargos, foram todos indeferidos pelo MM juiz Dr. Otaviano Sobrinho, ainda no início do julgamento, todas as testemunhas foram dispensadas e, em sua continuidade, começaram a serem ouvidas todas as pessoas no processo e, neste, tidas como réus.
O juiz presidente quando inicia a oitiva dos envolvidos no processo e, sempre adverte que a pessoa não é obrigada a responder todas as perguntas e se ficar calada, não haverá prejuízo contra si, sendo assim, primeira pessoa a ouvida, foi a Sra. Maria Sindoiá, que respondeu a todas as perguntas, negando o seu envolvimento como pessoa consultora para assuntos espirituais do Acusado Dapé e, que conheceu há muito tempo Paulo Sérgio, que sempre o ajudou, até mesmo na compra de alimentos para seus filhos e que à época, era administradora do bairro Juca Rosa, onde reside até hoje e, que sempre tratou Paulo Sérgio como verdadeiro amigo. Até que houve um acidente, onde veio falecer a pessoa de “Lupião”, quando houve comentários que este acidente havia sido resultado de bruxaria, e que, Lopão, havia dito, que se ele tivesse certeza do assunto que ele atiraria na testa de Maria Sindoiá, só para não perder o couro e, que a partir daí, ela sempre orava por ele, já que ele havia saído da cadeia há poucos dias e ela sempre lhe dava conselhos para mudar de vida. Mas em seu depoimento, afirmou severamente que nunca teve qualquer envolvimento com a morte de Ronaldo Santana. Ao longo do seu depoimento disse que conhecia superficialmente Ronaldo Santana, que ouvia falar do seu programa de rádio e, que se fosse no tempo de quando ela chegou aqui, ele teria tomados uns corretivos. Negou que tivesse contatado a pessoa de “Lopão”, e este teria se negado a fazer o serviço mas que indicara Paulo Sérgio como pessoa que faria o serviço. Em seu depoimento, Maria Sindoiá, portadora de diabetes nervosa e pressão alta, passou mal, foi socorrida e medicada pelo seu filho, que ministrou o medicamento receitado pelo seu médico, foi levada a outra sala, Terminando aí o seu depoimento.
Em seguida foi ouvido Valdemir Batista Oliveira, que respondeu que conhecia Paulo Sergio, pois trabalharam juntos em uma empresa, de propriedade do Sr Iris, sogro de Paulo Dapé, quando Valdemir (Dudu) era vendedor e Paulo Sérgio era motorista da empresa, mas afirmou que nunca teve qualquer tipo de negócio com Paulo Sergio e nem nunca, fez a este, qualquer tipo de pagamento. Depois Dudu, disse que conhecera Maria Sindoiá, quando ele era o supervisor dos administradores de bairros e que Maria, era administradora do Birro Juca rosa e que sempre se reunião, mas para tratar de assuntos concernentes ao trabalho de ambos. Mas ao falar do seu conhecimento da pessoa de Ronaldo Santana, disse que conhecia pelo seu programa de rádio e, que ele sempre criticava todo mundo inclusive traficantes e donos de bocas de vendas de drogas.
Depois foi a vez de depor, Antônio Oliveira Santos, Toninho da Caixa, de acordo com as acusações, ele negou ter sido o intermediário da morte de Ronaldo Santana, mas que conhecia Ronaldo pelo seu programa de rádio, pelo fato de ter sido gerente da CEF e por determinado tempo, secretário do então prefeito Paulo Dapé, negou qualquer relação financeira com Paulo Sérgio, perguntado sobre seus cheques, Toninho disse, que foi autorizada uma busca financeira em sua conta, e que todos os seus cheques foram vistoriados, mas que a quantia em que, é acusado, de ter disponibilizado, esse cheque não foi encontrado. Pois, acusado que foi por Paulo Sergio, este disse que a quantia paga pela morte do radialista foi de 500,00 reais e que o cheque teria sido seu, de Toninho, que adiantou que no dia do assassinato do radialista, ele estava no Hospital da Beneficência Portuguesa em São Paulo onde havia sido submetido a uma intervenção cirúrgica. Toninho disse que nunca teve nenhum relacionamento com Paulo Sérgio, a não ser o social e com Maria Sindoiá, nas reuniões municipais, onde ele era secretário e ela administradora de bairro.
E finalmente foi ouvido o maior envolvido na morte do radialista Ronaldo Santana, arrolado por Paulo Sérgio como sendo o mandante do crime, Paulo Dapé respondeu a todas as perguntas, dizendo que Paulo Sérgio foi sem empregado, e cabo eleitoral eventual, e que quando ele Paulo Dapé foi eleito, Paulo Sergio queria o emprego de administrador da Colônia, como cargo lhe foi negado, passou a ser seu inimigo, disse que conheceu Dudu, como seu ex empregado e depois funcionário a prefeitura, Toninho era funcionário da CEF e depois seu secretário municipal.
Paulo Dapé disse que conhecia Ronaldo Santana, muito pouco, porque tinha pouco tempo e que não ouvia sempre seu programa, Paulo Dapé em seu depoimento, disse que Ronaldo Santana, no rádio “batia” em todo mundo, nele, na prefeitura, no padre, nos pastores, nos usuários de drogas, nos donos de bocas, nos traficantes, batia na merenda escolar e um dos seus pontos críticos, foi quando bateu na secretária de Educação a profª Lurdinha e que seu esposo Dr. Tércio à época teve um embate com Ronaldo Santana, chegando ir às vias de fato. Respondendo às perguntas, falou de sua inimizade com Ademir Gomes Lima, que se tornou seu inimigo político, pelo fato de ter apoiado o opositor de Paulo Dapé à prefeitura, e que Paulo Dapé foi o vencedor e, depois por causa de não ter liberado a licença para o funcionamento do frigorífico, do qual Ademir era sócio, este então se tornou seu arquinimigo e que daí para a frente, este passou a falar mal dele e de sua família em todos os setores da cidade, porém tempos depois o alvará foi liberado, explicando aos advogados, Paulo Dapé disse que não liberou o alvará quando foi pedido, pelo fato de, ao ter enviado, os representantes do meio ambiente ao frigorifico, o relatório mostrou que este não tinha como funcionar, pelo fato de se tratar de uma entidade que trabalharia com alimentação humana. Finalizando seu depoimento, Paulo Dapé disse que no dia do homicídio de Ronaldo Santana, estava na cidade, mas que ao ir para Brasília, tratar de assunto da cidade, ao ficar sabendo que seu nome estava envolvido na morte de Ronaldo Santana, este foi para Salvador e encontrando com o então governador, César Borges, solicitou empenho nas investigações na morte do radialista.
Para este julgamento estão envolvidos os promotores Dr. Luiz Neto e Dr. Ariomar Lima; os advogados Dr. Fabricio Ghill Frieber, Dr. Igor Assunção, Dr. Igor Marques, Dr. Mauricio Vasconcelos, Dr. Nilton Jordão, Dr. Antônio Pitanga, Dr. Aloísio Freire e, Dr. Marcos Melo.
Houve um intervalo, e depois do MM juiz Dr. Otaviano Sobrinho, suspendeu a sessão, dando continuidade á mesma para amanhã 3ª feira 15/05, para iniciar os debates iniciando pela acusação, mas pessoas do Dr. Ariomar Lima e Dr. Luiz Neto, o rota51.com vai continuar cobrindo o julgamento com exclusividade.