É a semana nacional do júri, não importa a importância do júri, o rota51.com vai e retrata como a justiça é feita em Eunápolis, e nesta 5ª feira, muitas novidades durante mais este julgamento. O MM juiz Dr Otaviano recebeu a comunicação dos oficiais de justiça, que muitos dos procurados, não moram mais em Eunápolis, e com estas mudanças, houve desfalque considerável, no número de jurados que deixaram de participar das sessões do júri. Dr Otaviano irá encaminhar ao cartório eleitoral, um pedido de cancelamento de todos os títulos de eleitor, pois são pessoas não moram mais em Eunápolis, e depois vem votar aqui, não sabendo quem são os candidatos e votam, em qualquer um, demonstrando assim uma falta de responsabilidade muito grande e de interesse pelo município, já que não moram mais aqui, não tem o direito de fazer escolhas absurdas para administrar e legislar a cidade Eunápolis.
Outra novidade, é que a defensoria pública pediu em ofício, ao magistrado e presidente do júri, Dr. Otaviano, que o réu que foi julgado nesta 5ª feira, usasse roupas civis e não uniforme penitenciário e que também, não usasse algemas, para evitar que houvesse constrangimento ao réu, pois o uniforme, poderia induzir aos jurados, uma maior culpabilidade ao réu e este acabasse sendo prejudicado, mesmo que existam leis que protejam ao pedido, mas Dr. Otaviano e disse que, isto não seria necessário e o réu foi julgado usando o uniforme prisional, e quanto as algemas, Dr. Otaviano disse que, há muito ele usa este procedimento, em não permitir que o réu seja julgado algemado.
Atuando na acusação Dr, Dinalmari Mendonça e na defesa o representante da defensoria pública o Dr. Hamilton Gomes de Itabuna, assessorado pela sua esposa Dra. Michella Cardoso, advogada e também pertencente ao quadro da defensoria pública, Dr. Hamilton, partiu para o embate na defesa do seu constituinte.
O réu, Alessandro Santos Damascena, também foi acusado de, junto com Sirlon Risério Dias da Silva, do assassinato do cadeirante Alisson Santos Cardoso, no bar do Neguinho na rua Marcílio Dias, bairro Pequi, no dia 14/05/2014, por volta das 15 hs. Segundo o processo, os dois, chegaram e depois de Alessandro perguntar quem era Alisson, Sirlon disse quem era e ambos começaram a disparar saber o cadeirante, sem dar chances de defesa, até mesmo pela condição de deficiente, e ainda por cima , acertaram uma pessoa que nada tinha a ver com a situação, já que no processo também diz que tanto Sirlon quanto Alessandro pertencem a facção PCE do bairro Pequi e, que Alisson, morava no Itapoã, reduto da facção MPA e, que Alisson atravessou a fronteira e por isto foi abatido com muitos tiros.
O primeiro a falar foi o promotor Dr. Dinalmari que, calmo, tranquilo, falando baixo, mas expondo as vísceras do processo, aos poucos foi colocando os jurados, de frene com a realidade, dando conta de quem, mais conhecido como “Batista ou Batistão”, Alessandro é um elemento de alta periculosidade, e por isto precisava ser condenado. Em favor de Alessandro falaram as testemunhas de defesa, a sua mãe, o irmão e um amigo, e como no processo, no dia do assassinato de Alisson, Alessandro estava na casa de sua mãe, dando um contra piso, para posterior colocação de piso e, perguntado pelo MM juiz, pela defesa e acusação, tanto Alessandro quanto as testemunhas falaram a mesma coisa, nem quando perguntaram se nem por alguns minutos, Sirlon não foi até a casa da mãe de Alessandro chama-lo para esta empreitada, todos disseram que não e que nem conhecem Sirlon, mas no processo Dr. Dinalmari, mostrou outras nuances do fato e conduziu a acusação do jeito que queria e como queria.
Após o intervalo para o almoço, a defesa também muito técnica, embora fosse da defensoria pública, entrou no embate com Dr. Dinalmari, dando conta de que o Batista ou o Batistão que Dr. Dinalmari tanto procurava evidenciar era outra pessoa, que Alessandro, realmente estava trabalhando e que nem ficou sabendo do assassinato, vindo a saber dos mesmo alguns minutos depois, notícia ruim anda a galope. Dr. Hamilton, advogado também muito experiente, de4nrto do processo, mostrou aos jurados, que Alessandro é inocente, tanto assim que pediu sua absolvição por falta de provas, Dr. Hamilton disse que estudou o processo, e não viu em nenhum lugar a referência de culpabilidade do réu, diante do assassinato do assassinato de Alisson, e que, Sirlon pode até ter realmente matado a vítima, mas em companhia de outra pessoa, mas não de Alessandro. De sua parte, Dr, Hamilton, buscou a erros no processo e a inocência do réu, chegando mesmo a ter certeza de sua absolvição. Alessandro e Sirlon, estiveram estiveram juntos no mesmo crime, segundo os processos, mas tiveram de ser julgados em separado.
Mas Dr. Dinalmari, não ficou satisfeito e partiu para a réplica em mais uma vez, evidenciou que Alessandro, foi a pessoa que acompanhou Sirlon no assassinato e, que ajudou a disparar todos os tiros possíveis, para concluir a morte de Alisson, usando de total frieza, sem ter dado chances de defesa, e que no meio de tanta gente, ele atirou e foi tanto que acertou quem não tinha nada com o fato, e que se outros tiros, tivessem sido mais direcionados, teria acertado e até mesmo matado mais gente. Dr. Dinalmari, aos poucos foi minando as bases dos jurados e sua demonstração de culpabilidade do réu, fui muito convincente. Na tréplica, mais uma vez, a defensoria pública usou a sua eloquência, para mostrar que cada um tem seu nome, sobrenome e apelido, e que Alessandro, é Sandro ou Sandrinho, mas nunca Batista ou Batistão e, que isto fazia parte de um complô exatamente para encobrir a identidade do verdadeiro companheiro de Sirlon na empreitada de morte do deficiente Alisson. A acusação usou como qualificadora, homicídio qualificado, por motivo torpe, crime por determinação de facção criminosa, e por fim crime cruel e sem ter dado chances de defesa à vítima, enquanto a defesa imputou apenas, negativa de autoria e pediu a absolvição.
Terminados os debates, Dr. Otaviano perguntou aos jurados se estavam satisfeitos ou se precisavam de mais informações, leu os quesitos e, depois todos foram para a “sala secreta”, onde os votos seriam dados, definindo o futuro do réu, por quase hora e meia, eles estiveram na sala secreta e, por volta das 19hs e 40m, desceram e, o presidente do júri, Dr. Otaviano Sobrinho, leu a sentença, onde Alessandro foi condenado a 25 anos e 2 meses de prisão, não reconhecendo o juiz, que o réu, por sua periculosidade, aguardasse o recurso em liberdade. Dr. Hamilton entrou com recurso oral e solicitou que o processo fosse encaminhado a defensoria pública de Eunápolis na pessoa de Dr. Fábio, para que o recurso seja impetrado e Alessandro aguarde novo julgamento em liberdade. Nesta 6ª feira 21/07 o ultimo julgamento desta semana nacional do júri.
Acessem este link e vejam o julgamento de Sirlon: https://www.rota51.com/home/2017/07/18/iniciou-nesta-2a-feira-mais-uma-semana-do-juri-mas-o-crime-nao-para/