Homenagens ao padroeiro, São Brás, iniciaram com programação no Quadrado de Trancoso, na tarde de quinta-feira, 2, com o retorno da roda de capoeira, em lindas apresentações e interações com o público, pela Associação Capoeira Sul da Bahia.
O Samba de Couro: dança e músicas tradicionais, entoadas pelos nativos da região, foi trilha do cair da tarde, na Casa de Festas, ornamentada com laços, fuxicos e enfeites de papel branco e azul, num espaço cheio de história e tradições. A batidinha típica da festa foi servida, caindo no gosto de todos que experimentaram. Em clima de diversão, o ambiente foi tomado por um misto de fé e esperança, onde todos cantaram dias de paz.
Forró raiz, pé-de-serra e o xaxado do Trio Clandestino e do Trio Marajó embalaram o arrasta-pé pela madrugada afora, que ainda contou com Dj Abigail Sales. Na aurora, devotos buscaram o mastro, entalhado pelo artista plástico, nativo de Trancoso, Valquito Lima, trabalhando a madeira com cores e desenhos cravejados, misturando-se com fitas multicoloridas.
Após um delicioso almoço oferecido à comunidade pelos festeiros desta edição, Fabiano Botelho (Bibo) e Paulo Henrique, num momento mágico para os participantes, os compromissos litúrgicos iniciaram com celebração da missa solene, ministrada pelo Padre Marconi, antecedendo a procissão de São Brás, que saiu da Igreja São João Batista e passou pela Casa de Festas.
No clímax da festa ao final da tarde da sexta-feira, 3, o público estimado em quase três mil pessoas, entre fieis, simpatizantes e turistas de todo o Brasil, ao som de muito samba de couro, brincadeiras e crenças, subiram o mastro de São Brás, fixando-o próximo ao centro, entre o de São Sebastião e o de São João: tradição centenária que se perpetua pelo tempo no vilarejo de Trancoso, valorizado pela gestão municipal através da Campanha de Verão ‘Lembranças Que Dão Saudade’, no calendário de eventos.
SAIBA MAIS SOBRE SÃO BRÁS:
A história conta que foi um homem de fé, valoroso médico que não só curava as pessoas de suas doenças, mas também dos males da alma. Tinha grande compaixão dos mais necessitados e usava de seu oficio para ajudar a todos sem discriminação.