O professor precisa definir a sua história, sem delegar poderes, para que o país não jogue fora a sua própria historia

O 7 de setembro de Eunápolis neste ano de 2017, começou a ficar perigoso para o prefeito Robério Oliveira, isto devido ao descaso do prefeito para com a educação, as aulas começaram com escolas depredadas, sem carteiras, esgoto a céu aberto na porta de salas de aula, tetos vazando, falta de carteiras para os alunos se sentarem e, uma série de problemas que o prefeito não teve a sensibilidade em consertar, então os professores resolveram o seguinte: “devido ao descaso, abandono, falta de responsabilidade do prefeito, para com a educação municipal, não haverá o desfile de 7 de setembro”.

Imediatamente representantes da educação se reuniram com a APLB e, aparentemente tudo ficou resolvido, só aparentemente. Mas os cochichos, conversa de pé de ouvido, e os murmúrios dos descontentes, depois da reunião e do acerto, muitos professores não contentes, podem até ir pro desfile, mas não com o mesmo entusiasmo, não com a mesma civilidade e o desfile poderá ficar comprometido e, os professores descontentes, vão á ruas, cheios de mágoas.

Só pra lembrar, no governo de Neto Guerrieri, se faltasse uma lâmpada a greve surgia num piscar de olhos, hoje, como zumbis a deriva de suas próprias conscienciosas, não sabem o que fazer e nem a quem seguir.

Senão vejamos, hoje o professor tem que ser graduado em pedagogia e, muitos até pós graduados, passam anos em uma faculdade, para depois de formados, deixar o destino de suas vontades nas mãos dos outros? O professor é bastante suficiente para gerir suas próprias convicções, vontades e direitos sem dar procuração a ninguém, porque presidentes de sindicatos já morreram, outros foram presos? Porque as brigas internas sempre amparadas por partidos políticos? E ninguém quer deixar o “sindicato”? É porque faz muito bem a eles próprios, defender a categoria está em último plano. Uma negociaçãozinha ali, outra aqui, mas quantos professores já apareceram espancados e o sindicato nunca tomou uma posição firme? É porque é o professor que apanha, os presidentes de sindicatos, estão em suas salas refrigeradas, só comentando os fatos e, ninguém é obrigado a sindicalizar, sindicaliza quem quiser.

Se não houver o desfile em Eunápolis, será uma derrota muito grande para o prefeito, que no momento, só pensa na sua vice candidatura a governador do estado, na eleição da filha a deputada, nos processos e nas liminares que ele tem que manter vivas, pra não perder tudo, quem está tentando empurrar a candidatura a vice, é porque não pensa na região e nem no estado, pensa em si mesmos e nas vantagens que terão. Só a notícia de que não haveria o desfile de 7 de setembro por causa do abandono da educação pelo prefeito, já um balanço muito grande, não é insuflando a categoria, mas os professores, que são a mola mestra da nação, não podem aceitar a decisão de uma meia dúzia, contra mais de 3 mil profissionais do ensino, satisfaçam suas vontades, para ver se o ensino melhore, não deixem que ninguém decida suas vidas, mostre a força da categoria, e mostre que o 7 de setembro, dia da “Independência ou morte” não é tão independente assim, e a morte pelo sufoco das lideranças, acontece todos os dias, a verdadeira independência, está em suas próprias convicções e sem delegar poderes, se o verdadeiro poder está nas mãos de cada professor, do contrário estarão vendendo o que há de mais digno, no mestre da nação.