Crime foi cometido no dia 13 de maio de 2000, às 23 hs, na rua Águas claras 650 bairro Moisés Reis, quando Josenilton Barbosa Santos e Almira Dias Pereira fora até a residência de Adercílio Jose dos Santos e com 4 golpes de facão, acabaram matando a vítima na porta de sua residência.
Relatório das investigações dá conta de que, Adercílio, chamou Almira que era à época, esposa de Josenilton, reclamando com a mesma, que ficara sabendo que Almira, queria manter relações sexuais com seu filho de 9 anos, bem como queria que o menor usasse maconha e, que ele não queria isto. Josenilton ficou sabendo, não gostando de ver sua mulher sendo chamada a atenção pelo fato, disse para Manoel Messias Ferreira dos Santos, que iria matar Adercílio, e depois disto foi com Almira, armado de um “biscó”, até a casa de Adercílio, bateu na porta e depois de uma discussão, os golpes foram desferidos e foi o que causou a morte de Adercílio, mesmo este tendo sido levado ao HRE, não resistindo aos ferimentos acabou indo a óbito.
Para mais este julgamento atuaram como Juiz o MM Dr. Otaviano Sobrinho, na acusação a promotora Dra. Mariana Araújo Libório e o defensor Público Dr. Fábio Sebastião Soares defendendo a ré Almira Dias Pereira, sendo que um dos mais renomados causídicos da cidade Dr. Antônio Apóstolo defendeu o réu Josenilton Barbosa Santos.
As duas testemunhas que estiveram para falar em juízo, não se lembravam dos fatos e tiveram de ser lembradas pelos depoimentos anteriores na delegacia de polícia.
DEBATES
O debate começou com a participação da promotora de justiça, Dra. Mariana Araújo, que buscou de todas as formas, mostrar aos jurados, a culpabilidade de Josenilton, e que Almira não teve nenhuma participação no crime, ela era apenas uma acompanhante.
Dra. Mariana a cada passo do processo demonstrava que Josenilton ao ir a casa de Adercílio, já foi com a intensão de matar, já que a vitima havia chamado à atenção de sua esposa com relação ao fato de que ela tinha a intensão de ter relações sexuais com a criança, pois pensava que se o fato consumasse, ele seria o marido traído, por isso buscou á sua maneira eliminar o problema, matando assim o pai da criança.
Depois da promotora falou o defensor público o Dr. Fábio Sebastião Soares, como a promotora já havia solicitado do corpo de jurados que absorvessem Almira, Dr. Fábio seguiu a mesma linha de raciocínio fazendo o mesmo pedido para que Almira fosse desclassificada como ré, pois ela também pediu ao marido que não agredisse de morte, Adercílio. Logo em seguida foi a vez do advogado de defesa de Josenilton ocupar o seu espaço na busca de contradizer as palavras de acusação da promotora.
Dr. Apóstolo também dentro do processo, tentou convencer os jurados que não foram os cortes de facão causadores da morte de Adercílio, já que a época Eunápolis não dispunha de uma equipe de legista, que atestasse, serem os cortes causadores da morte. No entanto, surgiu uma discussão acalorada, porém muito ética e respeitosa com a promotora, pelo fato de esta ter dentro do processo, pedido a condenação do réu.
RÉPLICA E TRÉPLICA
A promotora Dra. Mariana não satisfeita com as alegações da defesa veio a réplica reforçando a acusação feita anteriormente, dando conta de que Josenilton era realmente o culpado pedindo novamente a absolvição de Almira. Com isso obrigou também o defensor de Josenilton Dr. Antônio Apóstolo, retornar a plenária buscando de todas as formas incutir na mente dos jurados a inexistência de culpa de Josenilton onde surgiu um novo debate entre a promotoria e a defesa.
Após prolatar a sentença, o MM juiz Dr. Otaviano Sobrinho rendeu uma homenagem ao advogado Dr. Apóstolo, pelos 32 anos de advocacia em Eunápolis.
Diante da situação nenhum jurado quis fazer algum comentário, diante disso, o MM. Dr. Otaviano Sobrinho, solicitou que os jurados procedessem a votação.
PROLAÇÃO DA SENTENÇA: vide vídeo:
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