Nesta 3ª feira, 22/11/22, foi o segundo dia de julgamento Nivaldo Ribeiro Dantas, que de acordo com a acusação além de ter participado do assassinato de Zé Paulo de Almeida, e d tentativa de homicídio de Adinoel Marques da Cruz, ainda foi o mentor do assassinato. Nesta 3ª feira, foi o dia dos debates, tendo começado com a promotoria fazendo a acusação dos crimes, e mostrando para os jurados, que Nivaldo Ribeiro Dantas e seu filho Jhonatan de Almeida Dantas, foram os responsáveis pelo assassinato e ferimentos em Adinoel, sendo que Nivaldo ocupava um gol vermelho e Jhonatan o HB20, sendo que este crime aconteceu no dia 02/11/2018, na av das Esmeraldas bairro Sana Izabel, entre o Atacadão e o motel Passion love.
Com todo seu dinamismo e técnica, Dr. Dinalmari conseguiu levar ao entendimento do corpo de jurados, 6 mulheres e um homem, a mensagem de covardia e organização criminosa, tendo ao seu lado o causídico Dr. João César Inoue, ambos demonstraram muita técnica e atitude, ao mostrar ao corpo de jurados, que o crime não compensa.
Foi 1 hora e meia, no primeiro embate, quando o ministério público, mostrou toda a técnica jurídica, demonstrando a culpabilidade do réu.
Em breve intervalo, veio a defesa com 3 advogados de Itabuna, contratados exatamente para a defesa de Nivaldo, que se considerava inocente do crime, já que a defesa, mostrou que nos vídeos do atacadão que foram mostrados na tv durante o julgamento, que as pessoas que estavam no local em nenhum momento, pareciam com Nivaldo. A acusação falava de um índio que tinha ido buscar um empréstimo de 10 mil reais, a defesa inquiriu que, nem o índio, nem os carros foram periciados, não foram feitos exames de pólvora combusta e nem exame de papiloscopia, portanto não se podia afirmar que os carros eram dos assassinos.
Um dos advogados de defesa, Dr. Cleiton falou da bíblia, dos apóstolos, buscou dos jurados o senso cristão, falou das fofocas e do “ouvi dizer”, mote que usou deste o início do julgamento até o final, Dr. Cleiton, buscou o máximo de aproximar dos jurados, buscando uma intimidade visual, onde ele queria, imputar aos jurados, a inocência de Nivaldo. Dr Caio, falou das fake News, disse que compreendia a dor dos familiares de Zé Paulo, falando diretamente ao um dos familiares, o Zanata, que complacente, assistia ao júri, com a maior simplicidade, aliás e, todos os juris que o rota51. Tem participado, este foi o primeiro em que um familiar da vítima esteve presente, o 3º advogado de defesa, Dr Iremar, disse que segundo informações um índio, foi até as vítimas em busca do empréstimo de 10 mil reais, mas que em nenhum momento o índio foi interrogado, e de notebook em mãos, ele mostrava fotos, dando conta de que as pessoas nos vídeos, não mostravam os rostos e não poderia ser identificadas como sendo os assassinos.
Aí veio a réplica, na realidade o promotor Dr. Dinalmari, retornou com nova forma de mostrar a culpabilidade de Nivaldo, com a mesma técnica, Dr Dinalmari foi mais incisivo, e como se não bastasse, os dados do processo, o promotor buscou uma nova forma de comunicação, dando conta de que, as vítimas jamais esperavam ser entocaiadas, por dois carros um gol vermelho de Nivaldo e o HB20 do seu filho Jhonatan. Colaborando com a acusação, Dr. João reforçou ainda mais a culpabilidade de Nivaldo e depois veio a tréplica da acusação. Em um dos momentos maquis chocantes da acusação, veio à tona, a perseguição à família de Zanata, que por causa de ter sido jurado de morte por Nivaldo, foi escoltado para o estado do Paraná, e quando foi descoberto teve de voltar para Eunápolis
A defesa de Nivaldo praticamente formou um paredão de inocência em torno do réu, cada um dos advogados, usando uma formatação de defesa diferente da outra, buscando com isto confundir os jurados, e este foi o dever dos 3 advogados, que queriam a todos custo livrar o cliente das acusações, ou pelo menos uma pena mais leve que propiciasse, que o réu aguardasse em liberdade um recurso plausível, mas o rito saiu pela culatra.
Depois o MM Juiz Dr. Otaviano leu os quesitos que deveriam ser julgados, e aprovados pelos advogados de defesa e acusação, os jurados, votaram e Dr. Otaviano, de posse das votações, subiu ao seu gabinete para lavrar a sentença. No retorno, Dr. Otaviano leu todo veredicto e prolatou a sentença, devido ao fato de Nivaldo também estar sendo acusado de homicídio em Vitória da Conquista, o que pesou na votação, Nivaldo Ribeiro Dantas foi condenado pelo assassinato de Zé Paulo a 16 anos de reclusão e, pela tentativa contra Adinoel, 10 anos, somando um total de 26 anos de reclusão, sem direito a sursis e nem aguar recurso em liberdade.
Este foi o fim da história, de perseguição, tocais, assassinato e tentativa de homicídio, e juramento de matar os demais familiares de Zanata, que vive escondido mais a sua família, com medo de ser morto, pela sanha assassina de Nivaldo e seu filho.
