Foi a julgamento no salão do júri de Eunápolis, Eduardo Lima da Silva, acusado de ter junto com comparsas, tramado a morte de Carlito Cardoso Matias por uma dívida de 200 reais de drogas na boca onde traficavam. O crime aconteceu no Românticos Bar, na rua Leste 256, no bairro Minas Gerais. Eduardo mais conhecido como Dudu, no dia do crime, estava em companhia de um comparsa ainda menor de idade George Vitor, em uma moto Dayun 50 cc, cor vermelha mais conhecida como “cinquentinha.
Na trama da morte de Carlito, havia outro elemento Wellington que estava do outro lado, dava cobertura para os assassinos, de acordo como os relatos do representante do Ministério público, esta turma, pertence a uma facção, denominada PCE “Primeiro Comando de Eunápolis” pertencente aos irmãos Rena e Dada, e esta facção briga por território com uma facção de Porto Seguro denominada MPA, “Mercado do Povo, Atitude” e, geralmente as mortes acontecidas são por causa de dívidas de drogas ou domínio de território.
Porém na realidade os fatos aconteceram da seguinte forma: Como o bar já tinha sido assaltado várias vezes, a dona do bar, Eliene Pereira Dias, cercou todo bar de grades e, dentro do bar havia pelo menos umas 10 pessoas jogando sinuca, quando Eduardo chegou em uma das grades e do lado de fora e chamou Alexsandro Souza Santos e, do lado fora perguntou se ninguém lá dentro tinha “bagulho pra vender”, crack ou maconha, Alexsandro disse que não sabia e quando virou de costas para Dudu, recebeu uma chuva de balas, caindo no chão e foi levado imediatamente para o HRE, passou por várias testemunhas e sobreviveu, Já Carlito Cardoso Matias não teve a mesma sorte, foi alvejado pelos tiros disparados por Dudu e veio a óbito no local, o rota51.com fez a cobertura jornalística do fato, de acordo com o MP, o fato aconteceu no dia 22/11/2013 por volta das 22hs e 10m, e o SAMU o apareceu por volta 3 horas depois.
Ainda de acordo com familiares de Carlito, disseram que ele era usuário e que estava devendo a boca e, a partir daí, começou uma investigação sobre os crimes. Durante as investigações, Dudu em confronto com a polícia acabou sendo alvejado e foi levado por um carro particular para o HLEM de Porto Seguro. Para Dudu e Wellington Santos de Jesus foram expedidos de mandados de prisão, Mas como Wellington era menor, teve de ser liberado, mas na casa de Wellington as polícia descobriu e apreendeu o revolver usado nos crimes. E tempos depois Dudu acabou sendo preso.
Neste julgamento, o MP na pessoa do Dr. João Alves, este usou todo argumento necessário para que Dudu acabasse condenado, já que na fase de interrogatório Dudu negou veementemente o crime, dizendo que não participou de nada e que não sabia quem havia matado Carlitinho e ferido Alexsandro. Mas na fase de investigação, ainda no HRE. Alexsandro reconheceu Dudu que no dia do atentado ele estava de óculos e ao falar ao Dr. João ele reconheceu os óculos que usou no dia do crime. Dr. João ressaltou ao corpo de jurados formado por 4 mulheres e 3 homens, que Dudu, embora negasse, era o atirador e que o MP só pode usar para solicitar a condenação do réu, descrições que estejam no processo, pois Dudu já foi preso várias vezes por tráfico de drogas aquando menor e ainda foi acusado de um outro crime. Dr. João ressaltou ainda mais que à época, a mulher de Dudu Kátia, mentiu para salvar seu namorado, mas de nada adiantou pois ele fora reconhecido pela vítima e dentro desta linha de raciocínio de acusação Dr. João terminou a fase de acusação.
A defesa, feita por Dr. Ramiro foi eloquente, sempre atento aos que falou o promotor, ele buscou de todas as formas desqualificar as testemunhas, dizendo que todas as pessoas que testemunharam, disseram que: “ouvir falar, que não viram nada, e que testemunhas desta natureza, não podem acusar ninguém e que seu cliente era inocente e, que ele não matou ninguém, Dr. Ramiro apresentou estatísticas de mortes, dando conta de que o aparelho policial tanto militar quanto civil não tem condições nenhuma de conduzir uma investigação, por falta de tudo. Muito técnico, Dr. Ramiro argumentou que seu cliente, era totalmente inocente e por isto pedia a sua absolvição, por falta de testemunhas conclusivas e por isto ele, Dudu, deveria ser absolvido.
Na réplica, Dr. João voltou á carga processual, tecendo os maiores elogios ao Dr. Ramiro, pela sua tentativa muito técnica de desqualificar o MP em suas técnicas de acusação, e isto foi feito de maneira totalmente técnica e ética, mas que a defesa se esqueceu que uma das vítimas, sobreviventes, que é o Alexsandro, reconheceu de imediato o atirador domo sendo Dudu.
Como o Dr. Ramiro, não quis a tréplica, por já ter dito tudo que tinha de dizer, já tinha feito a defesa da forma mais digna e contundente, o MM Juiz Dr. Otaviano leu os quesitos a serem respondidos pelos jurados, subiram todos para a sala secreta, e mais ou menos por uma hora e meia, debateram até sair o veredicto.
No auditório estavam as duas ex esposas de Dudu, incluindo a que mentiu, Kátia, mas se espantaram quando foi lida a sentença.
Dr. Otaviano, de ac ordo com o CPB, falou as atenuantes favoráveis ao réu e, as condenatórias, Eduardo Lima da Silva, pelos crimes, um consumado e outro tentado, recebeu a perna máxima de 21 anos de reclusão e por ser elemento de alta periculosidade, não foi dada a ele, o direito de recurso em liberdade, do salão do júri, foi direto para a viatura policial rumo ao presídio de Eunápolis.
Mais uma vez, a cobertura jornalística foi feita com exclusividade pela equipe do rota51.com com a anuência do MM Juiz Dr. Otaviano Sobrinho Presidente do Júri, Dr. João Alves representando o MP e o advogado de defesa que recebeu tanto MP como do Juiz, os maiores elogios pela atuação diante dos fatos.
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