Quase duas semanas do suposto sequestro do fazendeiro Raimundo Domingues Santos por uma comunidade indígena, o caso ainda não foi esclarecido. O Ministério Público Federal (MPF), requisitou na última terça-feira, 12, que a polícia Federal instaure um inquérito afim de apurar o caso.
O site Bahia Dia a Dia em entrevista exclusiva na manhã desta segunda-feira (18), com Cacique Alfredo, da comunidade indígena Boca da Mata, fez alguns esclarecimento sobre o caso, dentre eles, diz não conhecer o fazendeiro e que só soube das acusações pela mídia. O cacique também denunciou que a comunidade tem recebido vários tipos ameaças, o que tem impedido de realizarem compras na cidade, dos alunos de irem à escola e toda comunidade está sobressaltada temendo represálias.
Segundo o cacique Alfredo, assim que soube do desaparecimento do fazendeiro e das acusações que caiam sobre sua tribo, demonstrou sua indignação afirmando estão sendo acusado por uma coisa que não fizeram “Queremos dizer ao público que não tiramos a vida de ninguém, os familiares deste fazendeiro que agente nem conhece, estão culpando nos culpando e nós não fizemos isso. Estamos à disposição da justiça e inclusive a Polícia Federal já esteve aqui” disse o cacique.
O Cacique Alfredo frisou que nada tem a ver com o caso do fazendeiro Raimundo e pede que a Policia Federal visite todas as casas da aldeia e que está a disposição da justiça para esclarecer todos os fatos.
ÍNDIOS ALEGAM AGRESSÃO
Durante a entrevista, encontramos o jovem Adenilson da Aldeia de Barra Velha, que hoje vive numa cadeira de rodas, que segundo ele, a causa foi um ataque sofrido durante uma manifestação de terra, quando homens armados atacaram e durante a fuga, foi atropelado e corre risco de perder os movimentos das pernas. “Ate hoje estou nesta situação e ainda corremos risco. Estamos pedindo justiça pra acabar com este conflito” disse Adenilson.
SOBRE O CASO
De acordo com relatos da Família, o produtor Raimundo Domingues Santos de 55 anos teria recebido um comunicado para buscar animais e pertences que estavam na fazenda ocupada pelos índios. Ao chegar ao local, na manhã de dos sábado 9 de agosto, ele foi feito refém.
Em depoimento a polícia, um vaqueiro que estava no momento com o fazendeiro, disse que conseguiu fugir pelo mato e andou 14 km até conseguir ajuda com moradores, que o levou ele até o município de Itamaraju.
As investigações já estão sendo conduzidas pela Polícia Federal que tem prazo legal de 30 dias, prorrogáveis, para concluir as apurações.
Informações e fotos gentilmente cedidas por bahiadiadia
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