
O júri desta 2ª feira 14/08, deveria ter acontecido na Semana Nacional do Júri, mas como faltou um jurado, e por causa do ausente, o júri foi adiado, o jurado ausente recebeu uma multa de 10 salários mínimos e o júri aconteceu nesta 2ªfeira.
Na presidência esteve o magistrado Dr Otaviano Sobrinho, na acusação o representante do Ministério Público Dr. Dinalmari Mendonça Messias e na defesa, dois representantes da Defensoria Pública, Dr Hamilton Gomes e Dr. Fábio Fonseca.

O fato é que, movidos por intensa vontade de matar, Girlan Souza Costa o “Jiló”, Stefson Silva Santana o “Stefy” e Vinicius Araujo dos Santos da silva, mais conhecido como “Vinicius Boca Torta”, armaram um esquema para matar Thalita Oliveira Teodoro, e o fizeram com vários tiros, sem ter dado nenhuma chance de defesa a vítima que morreu no local, na rua da Paz, antiga rua da Encosta.
O motivo do crime, é que de acordo com as investigações, Thalita na noite anterior havia discutido com Vinicius boca torta, que era o chefe do tráfico na rua da Encosta, e a morte de Thalita seria uma vingança, para tanto, boca torta escalou seus amigos Jiló e Stefy para ajuda-lo nesta empreitada e, mataram a menina com requintes de crueldade, por motivo torpe e sem terem dado chances á vítima de se defender, recebendo todos tiros pelas costas, Thalita faleceu no local, sendo que os 3, foram vistos com as armas e identificados por algumas pessoas que, ao ouvirem os tiros saíram parfa ver o que era e depararam com a cena macabra da morte. De acordo com as investigações o trio é muito perigoso, pois são investigados por outros crimes, sendo que quando encontram empecilhos para suas atividades no tráfico de drogas, ou deparam com concorrentes eles matam sem piedade, ou seja, são elementos de alta periculosidade.

Testemunhas deram conta do fato, falando que Thalita, fazia programas sexuais para manter o vício e que era usuária de crack, maconha e bebidas alcoólicas, e algumas vezes em companhia de outros usuários e, que ao serem ouvidos, todas as testemunhas, foram unânimes em afirmar que Boca torta era o autor deste de outras mortes tanto quanto seus comparsas Jiló e Stefy. Terminadas as investigações, Jiló e Stefy foram presos, mas Boca Torta, já que é de Santo André SP e depois de todos os trâmites legais, nesta 2ª feira, foram levados a júri parfa o devido julgamento.
A acusação, mostrou aos jurados, 6 homens e 1 senhora, que os culpados são de alta periculosidade, e que as testemunhas se abstiveram de depor por medo dos mesmos, quer além do assassinato de Thalita, ainda são investigados por outros crimes de homicídios e tentativa de homicídio, além de traficantes. Dr. Dinalmari diante de um processo de 297 páginas, mostrou aos jurados que condenar a dupla, era na realidade um grande favor à sociedade, pois estavam tirando das ruas, elementos altamente perniciosos e sem nenhum escrúpulo, durante 1 hora e meia, a acusação procurou no processo todos os indícios que pudessem mostrar que os dois réus, mais boca torta, foragido, foram os autores do homicídio.


Depois foi a vez da defensoria pública que contou mais uma vez com a presença de Dr. Fábio, que mostrou aos jurados que, o verdadeiro assassino foi boca torta, pois boca torta, é que era o dono da boca e traficante e, contra ele haviam várias investigações. Dr. Fábio habilmente buscou todas as informações que ele pode, para defender os dois réus, mas como era defensor em uma audiência também no fórum e no mesmo horário, tomou seu lugar o defensor Dr, Hamilton, que continuou a defesa, negando que os réus fossem os autores do homicídio, e que faltavam testemunhas, já que, Stefy estava na casa de sua mãe na rua Paraíba e Jiló estava em sua casa, em Itapebi, e que estando em locais diferentes, não poderiam estar no local do crime.
Terminada a defesa, veio a réplica com a acusação e neste momento, Dr. Dinalmari informou aos jurados que existe dois tipos de testemunhas e que ambas são aceitam pelo CPP e que, não precisam estar presentes se já depuseram, e que as informações eram válidas, pois o que precisava para que os réus fossem condenados estavam no processo, pois os réus são de extrema periculosidade e precisam pagar pelos seus crimes.
Na tréplica, os defensores públicos, utilizaram todos os argumentos possíveis, para mostrar aos jurados a inocência dos réus, com argumentos altamente expressivos, dando conta de que os réus, não se conheciam, e que estavam no local errado, na hora errada e que também eram vítimas da inconsequência de falsos testemunhos.

Terminada a fase dos debates, Dr. Otaviano leu os quesitos para a votação e foram para a sala secreta onde a votação, definiria os destinos de Jiló e Stefy, depois de quase duas horas, retornaram ao salão do júri e o presidente Dr. Otaviano leu a sentença, explicou as razões do veredicto, e ao final determinou uma condenação de 23 anos para cada réu, não dando chances de que eles, aguardassem o recurso em liberdade, pela alta periculosidade dos dois, pela forma como praticaram o crime, a falta de chance de defesa da vítima, e por tudo isto, vão retornar ao presídio de Eunápolis, onde aguardarão, o recurso impetrado de forma verbal, logo após a sentença, pelo defensor Dr. Hamilton que terá agora 8 dias, para apresentar por escrito a defesa dos réus.
Em mais este julgamento, o rota51.com cobriu com exclusividade mais este juri, que começou em torno das 09hs e terminou às 20hs. E AGUARDEM, VEM AÍ MAIS UMA SEMANA NACIONAL DO JÚRI.