
Diariamente, das 8h às 17h, a equipe inter-setorial da Abordagem Social da Secretaria de Assistência Social percorre as principais vias e espaços públicos do município, principalmente a região das feiras.
O objetivo é localizar, oferecer auxílio e ofertar os recursos disponíveis para atendimento à população de rua. O trabalho é realizado inclusive aos finais de semana e feriados.
“É importante que a população esteja ciente de que o nosso trabalho é humanizado e pautado pela conscientização e oferta de serviços. Por isto, os resultados deste trabalho são mensuráveis somente em médio e longo prazo. Nossa ação não trata de retirar pessoas em situação de rua, cujo conceito nada mais representa que a limpeza, a higienização e a segregação”, enfatiza a Assistente Social Magna Cangussú.

A Secretaria de Assistência Social trabalha dentro do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), que não possui instrumentos constitucionais, lícitos e humanizados para obrigar as pessoas a quererem um novo rumo em suas vidas. “O que nos cabe é garantir que aqueles que queiram uma nova perspectiva de vida sejam atendidos, que suas demandas sejam identificadas, acolhidas, e que eles recebam um atendimento técnico, digno e ético”, afirma a Secretária de Assistência Social Ciça Guerrieri.
Como funciona a Abordagem Social
Durante a abordagem, com um questionário em mãos, os agentes sociais da Secretaria de Assistência Social fazem o primeiro contato com a pessoa em situação de rua. A ideia é obter o máximo de informações possíveis, como município de origem ou se possuem residência e família em Eunápolis, idade, se são dependentes de álcool e outras drogas, escolaridade, entre outras. Com isso, os agentes sociais conhecem como vivem essas pessoas, as causas de sua permanência na rua, as relações afetivas e as principais necessidades de cada um.
“A pessoa é muito mais do que se pode ver. Cada um tem sua história pessoal, experiências, motivos individuais que acabaram culminando na vida nas ruas. E é justamente dentro de tais particularidades que as equipes da Sedes trabalham incansavelmente buscando, nas minúcias, uma oportunidade de construir um processo de saída das ruas”, explica o agente Social Michel.

Durante a Abordagem Social, quando há aceitação, essas pessoas são encaminhadas aos serviços da rede socioassistencial, que é constituída de equipamentos públicos, como o Centro POP (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), às UBS (Unidade Básica de Saúde), entre outros serviços próprios e da rede conveniada da Prefeitura,
POP
O Centro POP é um dos principais equipamentos disponíveis para atendimento da população em situação de rua. O local oferece serviço especializado, com atendimentos psicossociais, atividades de convivência, bem como auxílio na busca da promoção e resgate de vínculos familiares.
Além disso, a unidade faz a articulação com a rede de serviços de saúde, educação, habitação, emprego, jurídico, entre outros, auxiliando, inclusive, com orientações sobre documentação civil e demais encaminhamentos necessários.
O serviço foi criado e planejado de forma a acolher, acompanhar e buscar meios de resgatar e devolver a dignidade de cidadãos, que por motivos diversos encontram-se em situação de rua. O Centro POP está localizado Avenida Esmeralda, 377, Santa Isabel, próximo à Rodoviária.
As pessoas que quiserem comunicar algum caso envolvendo a população de rua da cidade podem ligar para a equipe da Abordagem Social no telefone 3261-9055.
Por: SECOM-PME/ASCOM-SEMAS / Fotos: Antônio Varjão